
Antônio Lopes apresenta a biografia do cronista Manoel Lins. O livro rememora o início da vida do autor, passando por sua trajetória profissional e o desenvolver de sua escrita. Para Lopes, os textos “vão do lírico ao irônico, beiram a poesia em prosa e tocam a filosofia e a história”.
Alguém já disse que o biógrafo, em geral, é admirador do biografado – e este caso não foge à regra. Com Manoel Lins, espécie de irmão mais velho, convivi por, pelo menos, curtíssimos 16 anos, do fim dos anos cinquenta até sua morte, em 1975
Em Buerarema, frequentamos, principalmente, o Bar Pingo de Ouro, sem prejuízo de nossas aulas no Ginásio Henrique Alves (ele, professor de francês; eu, com desculpas aos meus alunos, de matemática).
Assim, parece-me de justiça que os eventuais leitores sejam advertidos: este trabalho é uma espécie de canção de amigo, sem espaço para os defeitos de Manoel – se é que defeitos ele tinha, do que muito duvido.
Os textos a seguir são, em maioria, do livro Menino Aluado (1968). Outros, dos semanários SB –Informações e Negócios e Desfile, outros, ainda, da coleção particular de Linsmar Sampaio Lins (por certo, alguns inéditos).
A exemplo de “A longa jornada do herói grotesco”, da antologia O moderno conto da região do cacau (organizada por Telmo Padilha), vários textos ficaram de fora desta seleção, por fugirem à unidade da obra.
Mas me pareceu pertinente publicar o prefácio que Lins escreveu para o livro Canto de presença (1973), de Carlos Válder do Nascimento, seu aluno de Direito Constitucional, hoje renomado tributarista.
Devido ao andar do tempo, houve necessidade de pequenas alterações nos escritos, revisão e adaptação ao novo Acordo Ortográfico, mas nada que mudasse a essência do pensamento do autor.











