Filosofia, Religião E Secularização

A tarefa que se põe para pensar a religião filosoficamente consiste antes de tudo em determinar o lugar sistemático da consideração da religião numa teoria do ser em seu todo que é o objeto da filosofia.

A pergunta, então, que se impõe em primeiro lugar é: qual é a forma adequada de se falar filosoficamente da religião? A religião é uma atividade humana o que significa dizer que é na esfera de uma teoria filosófica sobre o homem que ela encontra o lugar próprio para sua explicação filosófica.
Assim, para tratar filosoficamente a religião, a primeira tarefa consiste em ir além de uma consideração sobre a função que a religião exerce ou exerceu de muitos modos na vida e na cultura dos povos no passado ou pode ou deve exercer nas sociedades modernas. Estas são basicamente as perguntas das ciências da religião e das pesquisas fenomenológicas sobre os princípios de ordenação das diferentes manifestações religiosas, o que é certamente uma consideração fundamental e imprescindível e é também considerada neste livro. No quadro teórico próprio à reflexão filosófica se põe em primeiro lugar uma consideração daquilo que constitui a religião enquanto uma atividade específica na vida humana e a questão de sua pretensão de validade teórica ou prática.
Trata-se, então, de uma reflexão sobre a estrutura específica desta atividade o que significa dizer que é uma reflexão que se situa no contexto maior de uma consideração do ser humano enquanto tal, de sua constitutividade ontológica, que se articula no quadro teórico de uma concepção abrangente da realidade, ou seja, do ser enquanto tal e em seu todo. Mas esta pergunta pressupõe, incontornavelmente, uma outra questão mais fundamental sem a qual não se pode propriamente compreender em sua amplidão a questão da religião: qual é a forma adequada de se falar filosoficamente de Deus que constitui o ponto de referência fundamental da religião?
Este livro enfrenta estas duas questões básicas. A primeira, a questão de Deus e da religião enquanto atividade do ser humano em seus traços essenciais, é enfrentada em primeiro lugar pelo confronto com um quadro filosófico que elimina enquanto tal a possibilidade de se falar filosoficamente de Deus, o naturalismo, hoje muito difundido, e que se apresenta em primeiro lugar como uma tese científica, como um pressuposto metodológico básico para a articulação das ciências naturais.

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A tarefa que se põe para pensar a religião filosoficamente consiste antes de tudo em determinar o lugar sistemático da consideração da religião numa teoria do ser em seu todo que é o objeto da filosofia. A pergunta, então, que se impõe em primeiro lugar é: qual é a forma adequada de se falar filosoficamente da religião? A religião é uma atividade humana o que significa dizer que é na esfera de uma teoria filosófica sobre o homem que ela encontra o lugar próprio para sua explicação filosófica.
Assim, para tratar filosoficamente a religião, a primeira tarefa consiste em ir além de uma consideração sobre a função que a religião exerce ou exerceu de muitos modos na vida e na cultura dos povos no passado ou pode ou deve exercer nas sociedades modernas. Estas são basicamente as perguntas das ciências da religião e das pesquisas fenomenológicas sobre os princípios de ordenação das diferentes manifestações religiosas, o que é certamente uma consideração fundamental e imprescindível e é também considerada neste livro. No quadro teórico próprio à reflexão filosófica se põe em primeiro lugar uma consideração daquilo que constitui a religião enquanto uma atividade específica na vida humana e a questão de sua pretensão de validade teórica ou prática.
Trata-se, então, de uma reflexão sobre a estrutura específica desta atividade o que significa dizer que é uma reflexão que se situa no contexto maior de uma consideração do ser humano enquanto tal, de sua constitutividade ontológica, que se articula no quadro teórico de uma concepção abrangente da realidade, ou seja, do ser enquanto tal e em seu todo. Mas esta pergunta pressupõe, incontornavelmente, uma outra questão mais fundamental sem a qual não se pode propriamente compreender em sua amplidão a questão da religião: qual é a forma adequada de se falar filosoficamente de Deus que constitui o ponto de referência fundamental da religião?
Este livro enfrenta estas duas questões básicas. A primeira, a questão de Deus e da religião enquanto atividade do ser humano em seus traços essenciais, é enfrentada em primeiro lugar pelo confronto com um quadro filosófico que elimina enquanto tal a possibilidade de se falar filosoficamente de Deus, o naturalismo, hoje muito difundido, e que se apresenta em primeiro lugar como uma tese científica, como um pressuposto metodológico básico para a articulação das ciências naturais.

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