Desejar, Falar, Trabalhar

Ana Magnólia Mendes - Desejar, Falar, Trabalhar
A obra Desejar, Falar, Trabalhar é, inquestionavelmente, um marco da brilhante carreira de Ana Magnólia Mendes.
Pautada por preocupações e discussões decorrentes dos estudos sobre psicopatologia, trabalho e escuta clínica, sua trajetória oferece contribuições valiosas aos que se propõem a estudar Trabalho enquanto categoria ontológica – em seus sentidos social, ético-político e prático.


Seu diferencial, acima de tudo, reside no fato de que essas contribuições emergem justamente da dedicação incansável da autora à escuta dos trabalhadores. Desse modo, Desejar, Falar, Trabalhar apresenta resultados de um percurso guiado pela articulação entre teoria, método e a voz dos sujeitos.
Logo de início, a autora marca uma posição firme ao articular colonização, capitalismo e trabalho. Entender o ser trabalhador no Brasil exige dos pesquisadores e estudiosos um resgate de nossa história.
Marcas históricas que nos ajudam a entender a colonização dos afetos e, fundamentalmente, do próprio trabalhador. Essa discussão, extremamente necessária, é realizada de maneira sensível na obra, contextualizando sociopoliticamente de qual sujeito está se falando.
Desejar, Falar, Trabalhar oferece ao leitor, assim, terra firme para adentrar o que se apresenta a seguir: uma teoria do sujeito fundada em pressupostos psicanalíticos, que articula concepções sobre supereu, desejo, gozo, falar-insistir, calar-resistir-desistir.
Partindo dessa complexa teia teórica e, principalmente, com base em sua experiência na escuta dos trabalhadores, a autora nos apresenta de maneira generosa sua proposta metodológica e um caso emblemático para as discussões realizadas em Desejar, Falar, Trabalhar.
Trata-se, então, de uma obra que traz contribuições sociais, políticas, clínicas e científicas.
Nos chama a refletir coletivamente sobre as armadilhas presentes no mundo do trabalho. Em suas próprias palavras: “Uma possibilidade para confrontar as armadilhas do controle, servilismo, mudez e indiferença é a improvisação do trabalho. Viver na morte! Convite a criar, subverter, transgredir, pensar, agir”.
Desejar, Falar, Trabalhar é, em si, o convite a uma criação subversiva, transgressora e, acima de tudo, ético-política. Mas não se tem aqui o fim.
O fazer científico coloca em xeque os pontos finais e conclama o brado de Álvaro de Campos: “Não me venham com conclusões! A única conclusão é morrer”.
Desejar, Falar, Trabalhar apresenta possibilidades de novos percursos e novas construções. É, ao mesmo tempo, o fim, o início e o meio.
Na beleza inerente a todo caminhar, a autora faz seu percurso ao mesmo tempo em que se faz a partir dele. Que Desejar, Falar, Trabalhar possibilite a mesma experiência aos leitores, abrindo novos meios de caminhos, partidas e pontos de interrogação.

 

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Ana Magnólia Mendes – Desejar, Falar, Trabalhar
A obra Desejar, Falar, Trabalhar é, inquestionavelmente, um marco da brilhante carreira de Ana Magnólia Mendes.
Pautada por preocupações e discussões decorrentes dos estudos sobre psicopatologia, trabalho e escuta clínica, sua trajetória oferece contribuições valiosas aos que se propõem a estudar Trabalho enquanto categoria ontológica – em seus sentidos social, ético-político e prático.
Seu diferencial, acima de tudo, reside no fato de que essas contribuições emergem justamente da dedicação incansável da autora à escuta dos trabalhadores. Desse modo, Desejar, Falar, Trabalhar apresenta resultados de um percurso guiado pela articulação entre teoria, método e a voz dos sujeitos.
Logo de início, a autora marca uma posição firme ao articular colonização, capitalismo e trabalho. Entender o ser trabalhador no Brasil exige dos pesquisadores e estudiosos um resgate de nossa história.
Marcas históricas que nos ajudam a entender a colonização dos afetos e, fundamentalmente, do próprio trabalhador. Essa discussão, extremamente necessária, é realizada de maneira sensível na obra, contextualizando sociopoliticamente de qual sujeito está se falando.
Desejar, Falar, Trabalhar oferece ao leitor, assim, terra firme para adentrar o que se apresenta a seguir: uma teoria do sujeito fundada em pressupostos psicanalíticos, que articula concepções sobre supereu, desejo, gozo, falar-insistir, calar-resistir-desistir.
Partindo dessa complexa teia teórica e, principalmente, com base em sua experiência na escuta dos trabalhadores, a autora nos apresenta de maneira generosa sua proposta metodológica e um caso emblemático para as discussões realizadas em Desejar, Falar, Trabalhar.
Trata-se, então, de uma obra que traz contribuições sociais, políticas, clínicas e científicas.
Nos chama a refletir coletivamente sobre as armadilhas presentes no mundo do trabalho. Em suas próprias palavras: “Uma possibilidade para confrontar as armadilhas do controle, servilismo, mudez e indiferença é a improvisação do trabalho. Viver na morte! Convite a criar, subverter, transgredir, pensar, agir”.
Desejar, Falar, Trabalhar é, em si, o convite a uma criação subversiva, transgressora e, acima de tudo, ético-política. Mas não se tem aqui o fim.
O fazer científico coloca em xeque os pontos finais e conclama o brado de Álvaro de Campos: “Não me venham com conclusões! A única conclusão é morrer”.
Desejar, Falar, Trabalhar apresenta possibilidades de novos percursos e novas construções. É, ao mesmo tempo, o fim, o início e o meio.
Na beleza inerente a todo caminhar, a autora faz seu percurso ao mesmo tempo em que se faz a partir dele. Que Desejar, Falar, Trabalhar possibilite a mesma experiência aos leitores, abrindo novos meios de caminhos, partidas e pontos de interrogação.

 

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