Diferentes Formas De Dizer Não

Em Diferentes formas de dizer não, os cinco autores escolhidos para participar da coletânea de artigos analisam os impactos socioambientais do extrativismo mineral e os movimentos de oposição a ele em seis países: Argentina, Peru, Costa Rica, Equador, EUA e Filipinas.

Segundo os autores, esses locais foram escolhidos por representarem bem os processos que resultaram em Áreas Livres de Mineração, em que os movimentos de resistência se mostraram expressivos a ponto de conseguir restringir a atividade, evitando violações de direitos e danos ao meio ambiente.
Na Argentina, por exemplo, grupos que se opunham à expansão da extração mineral, tornada possível por mudanças em seu marco regulatório, conseguiram referendar inúmeras leis municipais que proibiram a mineração de metalífera. No Peru, protestos denunciavam as ameaças trazidas pela atividade à agricultura, e a militarização das áreas de mineração resultou em conflitos violentos entre as comunidades, as empresas e as forças armadas do Estado, levando apoiadores externos a se envolverem na questão e conquistarem a cassação dos direitos de exploração.
Belamente ilustrado por Martha Werneck, Diferentes formas de dizer não dedica ao menos um capítulo a cada país analisado, contando ainda com anexos que abordam a situação na Austrália e na Nigéria. Além disso, na apresentação do livro, Julianna Malerba, organizadora da obra, aborda os problemas relacionados à expansão da mineração vivida pelo Brasil nos últimos dez anos, salientando o privilégio dado pelo Estado à atividade, em detrimento de outras cujo exercício é igualmente defendido na Constituição Federal, como a reforma agrária.
A pesquisa foi realizada, essencialmente, a partir de fontes secundárias – em função de restrições de tempo e recursos, mas se beneficiou, entretanto, de atividades de campo previamente realizadas por alguns dos autores, como nos casos da Argentina e do Peru.
Dessa maneira, estabeleceu-se uma forma de comparabilidade entre casos de oposição local às atividades extrativas minerais (particularmente, de grande porte) que configuraram processos sociais mais amplos (em escalas regional e/ou nacional) de pressão por institucionalização de formas de restrição e proibição ao extrativismo mineral.

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Em Diferentes formas de dizer não, os cinco autores escolhidos para participar da coletânea de artigos analisam os impactos socioambientais do extrativismo mineral e os movimentos de oposição a ele em seis países: Argentina, Peru, Costa Rica, Equador, EUA e Filipinas. Segundo os autores, esses locais foram escolhidos por representarem bem os processos que resultaram em Áreas Livres de Mineração, em que os movimentos de resistência se mostraram expressivos a ponto de conseguir restringir a atividade, evitando violações de direitos e danos ao meio ambiente.
Na Argentina, por exemplo, grupos que se opunham à expansão da extração mineral, tornada possível por mudanças em seu marco regulatório, conseguiram referendar inúmeras leis municipais que proibiram a mineração de metalífera. No Peru, protestos denunciavam as ameaças trazidas pela atividade à agricultura, e a militarização das áreas de mineração resultou em conflitos violentos entre as comunidades, as empresas e as forças armadas do Estado, levando apoiadores externos a se envolverem na questão e conquistarem a cassação dos direitos de exploração.
Belamente ilustrado por Martha Werneck, Diferentes formas de dizer não dedica ao menos um capítulo a cada país analisado, contando ainda com anexos que abordam a situação na Austrália e na Nigéria. Além disso, na apresentação do livro, Julianna Malerba, organizadora da obra, aborda os problemas relacionados à expansão da mineração vivida pelo Brasil nos últimos dez anos, salientando o privilégio dado pelo Estado à atividade, em detrimento de outras cujo exercício é igualmente defendido na Constituição Federal, como a reforma agrária.
A pesquisa foi realizada, essencialmente, a partir de fontes secundárias – em função de restrições de tempo e recursos, mas se beneficiou, entretanto, de atividades de campo previamente realizadas por alguns dos autores, como nos casos da Argentina e do Peru.
Dessa maneira, estabeleceu-se uma forma de comparabilidade entre casos de oposição local às atividades extrativas minerais (particularmente, de grande porte) que configuraram processos sociais mais amplos (em escalas regional e/ou nacional) de pressão por institucionalização de formas de restrição e proibição ao extrativismo mineral.

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