Grilhões Invisíveis

Grilhões Invisíveis: As Dimensões Da Ideologia, As Condições De Subalternidade E A Educação Em Gramsci - Este livro de Anita Helena Schlesener mostra uma pesquisadora em plena maturidade da sua reflexão teórica. Anita tem livros importantes sobre Gramsci de Turim, textos que já nos fazem perceber como o pensamento de Gramsci agia com força no debate ideológico, na crítica radical da ordem social vigente na Itália e na Europa.


Por sua vez, o livro que o leitor agora manuseia discute um tema crucial dentro do campo teórico/prático da tradição inaugurada por Karl Marx, a educação, mas traz a contribuição e mediação de Gramsci para pensar elementos de construção da hegemonia burguesa, como a linguagem e a própria educação. Mas a finalidade mesmo é abordar o tema difícil, mas essencial, de uma educação emancipatória para o mundo atual, um mundo inteiramente dominado pelo capital e que expõe sem qualquer pudor a sua horrível face da regressão cultural e da barbárie tecnológica e que mesmo assim mantem também o domínio ideológico.
Sabe-se que a educação é parte essencial da reprodução social e, por decorrência, é momento nodal para que se fechem os grilhões que definem a ordem social e que fazem com que essa ordem social pareça natural. São grilhões invisíveis, mas pesados, pois impossível dissociar a reprodução da vida material e a reprodução da consciência. O peso invisível e aparentemente natural e indiscutível encontra-se na dimensão da ideologia, que convence que a reprodução social da vida material é aquela que se apresenta e nenhuma outra.
Assim, a análise de Marx perfaz essencialmente a ideologia dominante, aquela que se exterioriza das relações sociais de produção, que garante o poder político de classe ao mesmo tempo em que submete as classes subordinadas. Nesse sentido, então, a ideologia só pode ter uma conotação negativa e que Marx via ser elaborada em institutos particulares como Igreja, escola, livros e jornais.
Era expressão de uma falsa consciência somente porque ideologia que organiza a vida material que se funda na exploração do trabalho, no trabalho que se exterioriza e que se aliena num produto que não é do trabalhador nem da coletividade, que não é expressão de sua vitalidade. O trabalhador, assim alienado, não é capaz de erigir uma ideologia articulada e complexa, que seja científica. A ciência, em primeira instância é ideologia burguesa, pois se desenvolve segundo a visão ideológica do mundo e das necessidades materiais da sociedade burguesa.

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Grilhões Invisíveis: As Dimensões Da Ideologia, As Condições De Subalternidade E A Educação Em Gramsci – Este livro de Anita Helena Schlesener mostra uma pesquisadora em plena maturidade da sua reflexão teórica. Anita tem livros importantes sobre Gramsci de Turim, textos que já nos fazem perceber como o pensamento de Gramsci agia com força no debate ideológico, na crítica radical da ordem social vigente na Itália e na Europa.
Por sua vez, o livro que o leitor agora manuseia discute um tema crucial dentro do campo teórico/prático da tradição inaugurada por Karl Marx, a educação, mas traz a contribuição e mediação de Gramsci para pensar elementos de construção da hegemonia burguesa, como a linguagem e a própria educação. Mas a finalidade mesmo é abordar o tema difícil, mas essencial, de uma educação emancipatória para o mundo atual, um mundo inteiramente dominado pelo capital e que expõe sem qualquer pudor a sua horrível face da regressão cultural e da barbárie tecnológica e que mesmo assim mantem também o domínio ideológico.
Sabe-se que a educação é parte essencial da reprodução social e, por decorrência, é momento nodal para que se fechem os grilhões que definem a ordem social e que fazem com que essa ordem social pareça natural. São grilhões invisíveis, mas pesados, pois impossível dissociar a reprodução da vida material e a reprodução da consciência. O peso invisível e aparentemente natural e indiscutível encontra-se na dimensão da ideologia, que convence que a reprodução social da vida material é aquela que se apresenta e nenhuma outra.
Assim, a análise de Marx perfaz essencialmente a ideologia dominante, aquela que se exterioriza das relações sociais de produção, que garante o poder político de classe ao mesmo tempo em que submete as classes subordinadas. Nesse sentido, então, a ideologia só pode ter uma conotação negativa e que Marx via ser elaborada em institutos particulares como Igreja, escola, livros e jornais.
Era expressão de uma falsa consciência somente porque ideologia que organiza a vida material que se funda na exploração do trabalho, no trabalho que se exterioriza e que se aliena num produto que não é do trabalhador nem da coletividade, que não é expressão de sua vitalidade. O trabalhador, assim alienado, não é capaz de erigir uma ideologia articulada e complexa, que seja científica. A ciência, em primeira instância é ideologia burguesa, pois se desenvolve segundo a visão ideológica do mundo e das necessidades materiais da sociedade burguesa.

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