Presença E Silêncio

O espaço literário organiza-se pelas ações de um discurso que tem como principal meta tratar de uma realidade que lhe é exterior, a partir do desenvolvimento de uma linguagem de natureza simbólica por excelência.


Apesar de se constituir como uma questão polêmica, discussão que nesta oportunidade não pretendo explorar, os elementos simbólicos que impregnam a linguagem literária, nela estão em virtude da capacidade que têm em expressar a realidade com maior profundidade que os elementos lógicos.
No momento em que ressaltamos a maior capilaridade de um, os elementos simbólicos, em detrimento da menor capilaridade do outro, os elementos lógicos, estamos recorrendo a um argumento que se sustenta no próprio fazer literário, especialmente quando partimos do princípio de que o exercício da leitura nos coloca em contato com seu desiderato de ir para além do imediato, do tangível e das verificações empíricas.
Ora, só preenchendo requisitos dessa ordem é que a Literatura adquire condições de imprimir sobre o mundo uma ação que implique conhecimento e transformação desse mesmo mundo.
Ao longo dos tempos a Literatura brasileira tem sido marcada por uma substancial participação de personagens negros na composição de seu universo temático, especialmente no plano ficcional, condição que estabelece como fio condutor deste trabalho a proposta de empreender um olhar mais detido sobre essa presença na topografia literária.
Ao mesmo tempo, este trabalho também quer ver a Literatura como um espaço capaz de possibilitar formas de representação e interpretação desses personagens, caracterizadas que são por uma de terminação em atribuir-lhes, quase sempre, um comportamento marcado pela passividade, pela inação e pela leniência.
Antes, porém, de tratar das especificidades da presença do negro na tessitura literária, eu o farei no que diz respeito a sua presença física no cotidiano social, o que provoca o surgimento de uma produção de textos de primazia histórica que emergem justamente dessa situação.

  

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No momento em que ressaltamos a maior capilaridade de um, os elementos simbólicos, em detrimento da menor capilaridade do outro, os elementos lógicos, estamos recorrendo a um argumento que se sustenta no próprio fazer literário, especialmente quando partimos do princípio de que o exercício da leitura nos coloca em contato com seu desiderato de ir para além do imediato, do tangível e das verificações empíricas.
Ora, só preenchendo requisitos dessa ordem é que a Literatura adquire condições de imprimir sobre o mundo uma ação que implique conhecimento e transformação desse mesmo mundo.
Ao longo dos tempos a Literatura brasileira tem sido marcada por uma substancial participação de personagens negros na composição de seu universo temático, especialmente no plano ficcional, condição que estabelece como fio condutor deste trabalho a proposta de empreender um olhar mais detido sobre essa presença na topografia literária.
Ao mesmo tempo, este trabalho também quer ver a Literatura como um espaço capaz de possibilitar formas de representação e interpretação desses personagens, caracterizadas que são por uma de terminação em atribuir-lhes, quase sempre, um comportamento marcado pela passividade, pela inação e pela leniência.
Antes, porém, de tratar das especificidades da presença do negro na tessitura literária, eu o farei no que diz respeito a sua presença física no cotidiano social, o que provoca o surgimento de uma produção de textos de primazia histórica que emergem justamente dessa situação.

  

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