Backlash

Em Backlash, Susan Faludi procura desafiar a tese central do contra-ataque: a de que o feminismo é o pior inimigo da mulher.

Ser mulher nos Estados Unidos neste fim-de-século: que maravilha! Pelo menos é o que se diz o tempo todo. Os políticos garantem que as barricadas já caíram. As mulheres "chegaram lá". O mundo da publicidade se regozija.

A revista Time proclama que a luta da mulher pela igualdade "foi amplamente vencida". Matricule-se à vontade em qualquer universidade, arrume um emprego em qualquer firma de advocacia, solicite empréstimos em qualquer banco.

Os líderes trabalhistas afirmam que agora as mulheres têm tantas oportunidades que não é necessária uma política que lhes garanta igualdade de condições.

Os legisladores proclamam que atualmente as mulheres são tão iguais que já não é preciso haver emendas constitucionais para a Igualdade de Direitos. Até os anúncios de cartões de crédito estão saudando a liberdade da mulher a fim de cobrá-la. Enfim, as mulheres receberam os seus papéis de cidadania plena.

E mesmo assim…

A década de 1980 deflagrou um implacável contra-ataque às conquistas femininas, que opera em dois níveis: convencer as mulheres de que seus sentimentos de angústia e insatisfação são resultado do excesso de independência, ao mesmo tempo que destrói gradativamente os mínimos avanços que as mulheres realizaram no trabalho, na política e em sua forma de pensar.

Susan Faludi, prêmio Pulitzer de jornalismo, nos mostra como a imprensa se ocupou em repercutir essas mensagens ao dar um cunho moralista às notícias e reportagens, e manipular estatísticas.

Ela revela, também, como essa insidiosa guerra contra os direitos da mulher transformou-se em um fenômeno cultural que orientou e invadiu o cinema e a TV, as indústrias da moda e da beleza, a retórica da Nova Direita, os discursos presidenciais e a política antiaborto.

Ao promover a idealização da mulher tradicional, da mulher lipoescultural, cujo trono cativo ainda é o lar, os defensores do antifeminismo buscam fomentar a baixa auto-estima da mulher, enfraquecendo com isso a sua luta pela igualdade de direitos.

Em Backlash, Susan Faludi procura desafiar a tese central do contra-ataque: a de que o feminismo é o pior inimigo da mulher, e de que todas as conquistas alcançadas na verdade a prejudicam em vez de fortalecer.

Ao fazê- lo, Backlash nos oferece um oportuno e preocupante retrato da condição da mulher nos tempos atuais.

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Os legisladores proclamam que atualmente as mulheres são tão iguais que já não é preciso haver emendas constitucionais para a Igualdade de Direitos. Até os anúncios de cartões de crédito estão saudando a liberdade da mulher a fim de cobrá-la. Enfim, as mulheres receberam os seus papéis de cidadania plena.

E mesmo assim…

A década de 1980 deflagrou um implacável contra-ataque às conquistas femininas, que opera em dois níveis: convencer as mulheres de que seus sentimentos de angústia e insatisfação são resultado do excesso de independência, ao mesmo tempo que destrói gradativamente os mínimos avanços que as mulheres realizaram no trabalho, na política e em sua forma de pensar.

Susan Faludi, prêmio Pulitzer de jornalismo, nos mostra como a imprensa se ocupou em repercutir essas mensagens ao dar um cunho moralista às notícias e reportagens, e manipular estatísticas.

Ela revela, também, como essa insidiosa guerra contra os direitos da mulher transformou-se em um fenômeno cultural que orientou e invadiu o cinema e a TV, as indústrias da moda e da beleza, a retórica da Nova Direita, os discursos presidenciais e a política antiaborto.

Ao promover a idealização da mulher tradicional, da mulher lipoescultural, cujo trono cativo ainda é o lar, os defensores do antifeminismo buscam fomentar a baixa auto-estima da mulher, enfraquecendo com isso a sua luta pela igualdade de direitos.

Em Backlash, Susan Faludi procura desafiar a tese central do contra-ataque: a de que o feminismo é o pior inimigo da mulher, e de que todas as conquistas alcançadas na verdade a prejudicam em vez de fortalecer.

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