
Em um cenário cuja complexidade escapa ao enfoque mediano e que se torna cada vez mais desafiador no que toca aos inúmeros e novos agravos à pessoa humana, saúdo vivamente a obra Direitos Humanos, políticas públicas e acesso à justiça, que emerge sob a coordenação de Rosane Teresinha Carvalho Porto, Jaqueline Beatriz Griebler e Janaina Machado Sturza que, como maestria, souberam alinhavar distintas perspectivas acerca da relação entre a concretização da justiça mediante a efetividade dos direitos humanos por meio de políticas públicas.
De fato, na medida em que se reconhece o mosaico de afetações ao ser humano, sobretudo no Brasil, torna-se cada vez mais necessário expandir as abordagens no âmbito político-jurídico para, desta maneira, incluir a ideia de irrenunciável garantia de uma proteção multinível como elemento primordial em nosso ordenamento jurídico.
Em verdade, o contexto atual implica em investigações que se caracterizem pela multdisciplinaridade e, assim, alcancem os sentidos expressos e os implícitos da teia de conflitos e de violações que perfazem os nossos horizontes.
Assim, a propósito, então, de amparar tanto o ambiente acadêmico em suas incursões atuais e futuras quanto à tomada de decisão nos atos dos poderes públicos, esta obra se adianta na investigação de temas plurais que exigem o adensamento do olhar do jurista sobre a realidade, confrontando-a com o sistema normativo em vigor sem circunscrevê-lo em molduras irreais ou mesmo idealizadas, além de apontar de forma efetiva para a relevância dos sistemas de proteção internacional.
Com efeito, deve-se alertar que consiste em uma experiência muito positiva a leitura que sensibiliza, aprofunda e, de certo modo, reaviva a capacidade crítica do estudante e, de modo geral, do estudioso dessas temáticas que são realçadas. Atinge, de saída, tanto o público da graduação quanto da pós-graduação.
Daí, torna-se oportuno destacar as contribuições que dialogam sobre: o trabalho infantil, o contexto migratório, o consumo, a justiça restaurativa, o aborto, a saúde, as novas tecnologias e, em geral, as vulnerabilidades.











