Inferência Causal Em Epidemiologia: O Modelo De Respostas Potenciais

É comum caracterizar a epidemiologia como uma disciplina (para alguns) ou ciência (para outros) que tem como um dos seus eixos centrais de interesse a preocupação com a determinação do processo saúde-doença.


Assim, é compreensível que a causalidade seja um tema recorrente na literatura produzida na área. A produção intelectual sobre esse assunto, dada sua complexidade, envolve uma multiplicidade de abordagens, configurando uma rede de argumentos e proposições que exploram desde aspectos mais filosóficos - como a construção e a crítica do determinismo causal -, até questões mais operacionais - como os critérios de julgamento da causalidade -, passando por discussões sobre os limites e as possibilidades de sua aproximação por meio do método científico.
Explorar toda essa diversidade de pontos de vista é uma tentação para quem deseja ter uma compreensão mais global do problema. Afinal, como seria possível falar de causalidade sem se reportar aos pensamentos originais de Aristóteles, ao cartesianismo, ao 'problema de Hume', ao critério de demarcação de ciência delineado por Popper e aos tipos de determinação propostos por Bunge?
Como refletir sobre causalidade em epidemiologia sem conhecer os postulados de Henle-Koch, os critérios de Hill, as idéias de Susser e o modelo de causas suficiente, necessária e componente de Rothman?
Como discutir inferência causal na epidemiologia moderna sem considerar os pensamentos de Miettinen, Robins e Greenland sobre confundimento?
E como ignorar os desenvolvimentos mais recentes sobre diagramas causais, propostos por Pearl?
Entretanto, se a multiplicidade de vertentes é a regra, ela leva, muitas vezes, a um discurso demasiadamente genérico. A grata surpresa que o leitor terá com este livro é a objetividade dos autores, que, evitando falar sobre 'tudo ao mesmo tempo agora', propõem um mergulho elucidativo em uma das mais importantes contribuições da estatística para a discussão da causalidade, nomeadamente o modelo de respostas potenciais de Rubin, e sua interface com o método epidemiológico.

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É comum caracterizar a epidemiologia como uma disciplina (para alguns) ou ciência (para outros) que tem como um dos seus eixos centrais de interesse a preocupação com a determinação do processo saúde-doença.
Assim, é compreensível que a causalidade seja um tema recorrente na literatura produzida na área. A produção intelectual sobre esse assunto, dada sua complexidade, envolve uma multiplicidade de abordagens, configurando uma rede de argumentos e proposições que exploram desde aspectos mais filosóficos – como a construção e a crítica do determinismo causal -, até questões mais operacionais – como os critérios de julgamento da causalidade -, passando por discussões sobre os limites e as possibilidades de sua aproximação por meio do método científico.
Explorar toda essa diversidade de pontos de vista é uma tentação para quem deseja ter uma compreensão mais global do problema. Afinal, como seria possível falar de causalidade sem se reportar aos pensamentos originais de Aristóteles, ao cartesianismo, ao ‘problema de Hume’, ao critério de demarcação de ciência delineado por Popper e aos tipos de determinação propostos por Bunge?
Como refletir sobre causalidade em epidemiologia sem conhecer os postulados de Henle-Koch, os critérios de Hill, as idéias de Susser e o modelo de causas suficiente, necessária e componente de Rothman?
Como discutir inferência causal na epidemiologia moderna sem considerar os pensamentos de Miettinen, Robins e Greenland sobre confundimento?
E como ignorar os desenvolvimentos mais recentes sobre diagramas causais, propostos por Pearl?
Entretanto, se a multiplicidade de vertentes é a regra, ela leva, muitas vezes, a um discurso demasiadamente genérico. A grata surpresa que o leitor terá com este livro é a objetividade dos autores, que, evitando falar sobre ‘tudo ao mesmo tempo agora’, propõem um mergulho elucidativo em uma das mais importantes contribuições da estatística para a discussão da causalidade, nomeadamente o modelo de respostas potenciais de Rubin, e sua interface com o método epidemiológico.

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