A Câmara Clara

A Câmara Clara, revisa conceitualmente a linguagem fotográfica para além da sua função primária como documentação absoluta da verdade.

Neste clássico francês, Roland Barthes estabelece uma correlação entre os processos ópticos de reprodução da imagem para nos mostrar que sem a intervenção pessoal, subjetiva, do observador — que pode ver nela muito mais do que o registro realista ou a mensagem codificada —, a fotografia ficaria limitada ao registro documental.

A Câmara Clara não é, portanto, um tratado sobre a fotografia enquanto arte nem uma história sobre o tema. Absolutamente original, Barthes se lança à tarefa de decifrar o objeto artístico, a “obra” entendida como mecanismo produtor de sentido.

A Câmara Clara, revisa conceitualmente a linguagem fotográfica para além da sua função primária como documentação absoluta da verdade. A partir da sua observação e estudo de imagens, encontra dois elementos fundamentais foram denominadas como o studium e o punctum.

Studium é, resumidamente, a temática ou contexto representado pela imagem fotográfica, seja ela cultural, social ou moral, que nos é comunicado em um nível intelectual, praticamente de forma expositiva. É sua intenção mais clara.

Em oposição temos o punctum, que na concepção dualista de Barthes, define um único elemento que se contrapõe de alguma maneira ao contexto geral em que está inserido na imagem, quebrando assim com sua ideia geral e mostrando-nos a realidade de forma espontânea e inesperada.

Desse movimento dialético expresso em relação ao studium, o punctum deve trazer um impacto fulminante ao espectador, como uma pontada de agulha que o fere.

Barthes percebe que, diferentemente da pintura e do discurso, que possuem a capacidade de simular uma realidade e aventurar-se pela fantasia, a fotografia sempre se defronta com a inexorabilidade do real. A partir dessa percepção, duas noções se depreendem: a realidade do referente fotografado e sua condição enquanto passado.

Uma fotografia é sempre uma impressão de um referente que atesta a sua existência e de todo o processo histórico que o propiciou.

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A Câmara Clara, revisa conceitualmente a linguagem fotográfica para além da sua função primária como documentação absoluta da verdade.

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A Câmara Clara não é, portanto, um tratado sobre a fotografia enquanto arte nem uma história sobre o tema. Absolutamente original, Barthes se lança à tarefa de decifrar o objeto artístico, a “obra” entendida como mecanismo produtor de sentido.

A Câmara Clara, revisa conceitualmente a linguagem fotográfica para além da sua função primária como documentação absoluta da verdade. A partir da sua observação e estudo de imagens, encontra dois elementos fundamentais foram denominadas como o studium e o punctum.

Studium é, resumidamente, a temática ou contexto representado pela imagem fotográfica, seja ela cultural, social ou moral, que nos é comunicado em um nível intelectual, praticamente de forma expositiva. É sua intenção mais clara.

Em oposição temos o punctum, que na concepção dualista de Barthes, define um único elemento que se contrapõe de alguma maneira ao contexto geral em que está inserido na imagem, quebrando assim com sua ideia geral e mostrando-nos a realidade de forma espontânea e inesperada.

Desse movimento dialético expresso em relação ao studium, o punctum deve trazer um impacto fulminante ao espectador, como uma pontada de agulha que o fere.

Barthes percebe que, diferentemente da pintura e do discurso, que possuem a capacidade de simular uma realidade e aventurar-se pela fantasia, a fotografia sempre se defronta com a inexorabilidade do real. A partir dessa percepção, duas noções se depreendem: a realidade do referente fotografado e sua condição enquanto passado.

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