Saúde E Povos Indígenas

Englobando dimensões biológicas, culturais e sociais, a saúde e a doença são processos que dizem respeito a todas as sociedades humanas. Este livro propõe-se a contribuir ao melhor entendimento acerca do intercruzamento destas dimensões

, tendo como campo de reflexão as sociedades indígenas brasileiras.
Trata-se de uma coletânea que tem por objetivo apresentar a pluralidade teórica-metodológica que atualmente caracteriza os estudos acerca do processo saúde/doença nestas sociedades. Em sua concepção e conteúdo, o livro situa-se (ainda que não unicamente) no campo da antropologia, disciplina cuja tradição de pesquisa em sociedades indígenas brasileiras é longa e frutífera. No tocante à saúde e à doença, as pesquisas antropológicas entre estas sociedades caracterizam-se por sua diversidade, indo desde aquelas mais centradas na dinâmica epidemiológica até outras com maior enfoque em aspectos culturais. Este livro procura registrar esta saudável heterogeneidade.
Na seleção dos trabalhos, partiu-se da premissa que, para um entendimento adequado do processo saúde/doença nas sociedades indígenas, é preciso levar em consideração não somente os aspectos bioecológicos que regulam a relação parasita-hospedeiro, por um lado, como também os fatores culturais envolvidos na escolha dos itinerários terapêuticos, por outro. Ao nosso ver, estas questões, assim como diversas outras, são passíveis de serem abordadas por meio de um enfoque antropológico. Devemos ressaltar que a pluralidade aqui manifesta vai além de uma tentativa de holismo e interdisciplinaridade, expressões que ocupam um locus diferenciado no discurso científico contemporâneo. No estudo do processo saúde/doença em sociedades indígenas, ela é absolutamente essencial.
Assim, o livro inclui contribuições de autores identificados com vertentes tão diversas como a antropologia biológica, a antropologia ecológica e a antropologia médica. O diálogo entre estas subáreas da antropologia não tem sido freqüente, muito menos fácil, nestes tempos de crescente especialização das maneiras de compreender a diversidade biológica e cultural das sociedades humanas. As contribuições desta coletânea demonstram, ao nosso ver, que a dicotomia comumente observada entre perspectivas de cunho simbólico e materialista, só para citar duas vertentes, não se sustenta no tocante aos estudos sobre o processo saúde/doença das populações indígenas. Por se tratar de um campo eminentemente multifacetado, aparatos teórico-metodológicos diversos são necessários para tornar clara sua complexidade.

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Trata-se de uma coletânea que tem por objetivo apresentar a pluralidade teórica-metodológica que atualmente caracteriza os estudos acerca do processo saúde/doença nestas sociedades. Em sua concepção e conteúdo, o livro situa-se (ainda que não unicamente) no campo da antropologia, disciplina cuja tradição de pesquisa em sociedades indígenas brasileiras é longa e frutífera. No tocante à saúde e à doença, as pesquisas antropológicas entre estas sociedades caracterizam-se por sua diversidade, indo desde aquelas mais centradas na dinâmica epidemiológica até outras com maior enfoque em aspectos culturais. Este livro procura registrar esta saudável heterogeneidade.
Na seleção dos trabalhos, partiu-se da premissa que, para um entendimento adequado do processo saúde/doença nas sociedades indígenas, é preciso levar em consideração não somente os aspectos bioecológicos que regulam a relação parasita-hospedeiro, por um lado, como também os fatores culturais envolvidos na escolha dos itinerários terapêuticos, por outro. Ao nosso ver, estas questões, assim como diversas outras, são passíveis de serem abordadas por meio de um enfoque antropológico. Devemos ressaltar que a pluralidade aqui manifesta vai além de uma tentativa de holismo e interdisciplinaridade, expressões que ocupam um locus diferenciado no discurso científico contemporâneo. No estudo do processo saúde/doença em sociedades indígenas, ela é absolutamente essencial.
Assim, o livro inclui contribuições de autores identificados com vertentes tão diversas como a antropologia biológica, a antropologia ecológica e a antropologia médica. O diálogo entre estas subáreas da antropologia não tem sido freqüente, muito menos fácil, nestes tempos de crescente especialização das maneiras de compreender a diversidade biológica e cultural das sociedades humanas. As contribuições desta coletânea demonstram, ao nosso ver, que a dicotomia comumente observada entre perspectivas de cunho simbólico e materialista, só para citar duas vertentes, não se sustenta no tocante aos estudos sobre o processo saúde/doença das populações indígenas. Por se tratar de um campo eminentemente multifacetado, aparatos teórico-metodológicos diversos são necessários para tornar clara sua complexidade.

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