Uma Pluralidade Singular Em O Selvagem Da Ópera

A autora investiga o romance O Selvagem Da Ópera, de Rubem Fonseca, publicado em 1994 e que se destaca por certa excepcionalidade dentro da obra do escritor, conhecido pelo uso da linguagem das ruas e pela ênfase nas situações de violência social - embora neste texto, publicado quatro anos após ter lançado "Agosto", em que mesclava história e ficção para narrar os acontecimentos do mês em que Getúlio Vargas se suicidou, também volte a utilizar esses elementos.


No livro, Fonseca debruça-se sobre a vida do compositor Carlos Gomes, famoso por sua ópera "O Guarani", desde a sua partida de Campinas para o Rio de Janeiro de D. Pedro II, e depois para a Itália, onde encontraria a glória e o fracasso. O autor não se limita, porém, à simples narrativa histórica: investe também no hibridismo de gêneros, já que é contado para o leitor que o romance servirá de base para um filme de longa-metragem.
Dessa forma, segundo a pesquisadora, Fonseca, empregando o recurso da metaficção, monta um jogo de simulacros e armadilhas, deixando o leitor indeciso se está diante de um material biográfico ou de um roteiro cinematográfico. Além da análise formal, o livro também discute as implicações trazidas pelo olhar inovador de Fonseca diante do cenário artístico e cultural da segunda metade do século 19.

Rebeca Alves possui graduação em Letras pela Universidade Estadual Paulista: Júlio de Mesquita Filho - UNESP/Assis - (2007), com habilitação em Português e Francês. Mestrado em Letras pela Universidade Estadual Paulista: Júlio de Mesquita Filho - UNESP/Assis - (2012). Atualmente é doutoranda pela mesma instituição. Tem experiência na área de Literatura, atuando principalmente no seguintes temas: literatura brasileira contemporânea, romance histórico, biografia, literatura comparada, Rubem Fonseca.

 

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Uma Pluralidade Singular Em O Selvagem Da Ópera

A autora investiga o romance O Selvagem Da Ópera, de Rubem Fonseca, publicado em 1994 e que se destaca por certa excepcionalidade dentro da obra do escritor, conhecido pelo uso da linguagem das ruas e pela ênfase nas situações de violência social – embora neste texto, publicado quatro anos após ter lançado “Agosto”, em que mesclava história e ficção para narrar os acontecimentos do mês em que Getúlio Vargas se suicidou, também volte a utilizar esses elementos.
No livro, Fonseca debruça-se sobre a vida do compositor Carlos Gomes, famoso por sua ópera “O Guarani”, desde a sua partida de Campinas para o Rio de Janeiro de D. Pedro II, e depois para a Itália, onde encontraria a glória e o fracasso. O autor não se limita, porém, à simples narrativa histórica: investe também no hibridismo de gêneros, já que é contado para o leitor que o romance servirá de base para um filme de longa-metragem.
Dessa forma, segundo a pesquisadora, Fonseca, empregando o recurso da metaficção, monta um jogo de simulacros e armadilhas, deixando o leitor indeciso se está diante de um material biográfico ou de um roteiro cinematográfico. Além da análise formal, o livro também discute as implicações trazidas pelo olhar inovador de Fonseca diante do cenário artístico e cultural da segunda metade do século 19.

Rebeca Alves possui graduação em Letras pela Universidade Estadual Paulista: Júlio de Mesquita Filho – UNESP/Assis – (2007), com habilitação em Português e Francês. Mestrado em Letras pela Universidade Estadual Paulista: Júlio de Mesquita Filho – UNESP/Assis – (2012). Atualmente é doutoranda pela mesma instituição. Tem experiência na área de Literatura, atuando principalmente no seguintes temas: literatura brasileira contemporânea, romance histórico, biografia, literatura comparada, Rubem Fonseca.

 

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