À Beira Da Linha

A construção da Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (CEFNOB), em direção ao atual Mato Grosso do Sul, abriu extensa região do Estado de São Paulo, ainda não ocupada sistematicamente pelo homem branco.


Nos mapas do início do século, anteriores à Comissão Geográfica de 1905, toda área do oeste de São Paulo até a margem esquerda do Rio Paraná era grafada como "zona desconhecida habitada por índios" ou "terras devolutas não exploradas". Nesse aspecto, a CEFNOB será a primeira estrada de ferro no Estado de São Paulo a "abrir" territórios e não como suas predecessoras a acompanhar a produção cafeeira.
A importância da ferrovia, para a ocupação rural e urbana dessa fração de São Paulo, é patente até por sua designação, pouco utilizada contemporaneamente: Zona Noroeste. Embora esta seja, a rigor, a posição geográfica da região, sua denominação foi originada da estrada de ferro. Conquanto isso tenha se dado em relação à nomenclatura de outras partes do Estado, como Mogiana, Paulista, Sorocabana etc., conhecidas até algumas décadas atrás, conforme as estradas de ferro que as serviam, veremos que na Zona Noroeste, pela ferrovia ter sido via de penetração, seu relevo foi maior. A CEFNOB antecedeu outras ferrovias ou extensões delas que cumpriram funções correlatas de penetração, embora em época posterior, como a Alta Sorocabana, Alta Araraquarense e Alta Paulista.
A construção da CEFNOB acelerará o conflito e quase dizimação do gentio, bem como o progresso de ocupação rural da Zona Noroeste. Até 1914, data da conclusão das obras da CEFNOB, a região tinha boa parte de suas terras em processo de retalhação e ao menos nove povoados e uma cidade recém-criados.
Este livro pretende analisar a formação das cidades criadas junto à antiga Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, atual Novoeste, em solo paulista. O período estudado abrange do início de sua construção, em 1905, até a ligação, após percorrer 1.272 quilômetros, com Porto Esperança, no atual Mato Grosso do Sul, em 1914. Nesse curto espaço de tempo será formada uma importante linha de povoados, depois cidades, estabelecidas a partir de estações, guardando características próprias em relação à origem de seus chãos e à implantação dos traçados urbanos.

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Nos mapas do início do século, anteriores à Comissão Geográfica de 1905, toda área do oeste de São Paulo até a margem esquerda do Rio Paraná era grafada como “zona desconhecida habitada por índios” ou “terras devolutas não exploradas”. Nesse aspecto, a CEFNOB será a primeira estrada de ferro no Estado de São Paulo a “abrir” territórios e não como suas predecessoras a acompanhar a produção cafeeira.
A importância da ferrovia, para a ocupação rural e urbana dessa fração de São Paulo, é patente até por sua designação, pouco utilizada contemporaneamente: Zona Noroeste. Embora esta seja, a rigor, a posição geográfica da região, sua denominação foi originada da estrada de ferro. Conquanto isso tenha se dado em relação à nomenclatura de outras partes do Estado, como Mogiana, Paulista, Sorocabana etc., conhecidas até algumas décadas atrás, conforme as estradas de ferro que as serviam, veremos que na Zona Noroeste, pela ferrovia ter sido via de penetração, seu relevo foi maior. A CEFNOB antecedeu outras ferrovias ou extensões delas que cumpriram funções correlatas de penetração, embora em época posterior, como a Alta Sorocabana, Alta Araraquarense e Alta Paulista.
A construção da CEFNOB acelerará o conflito e quase dizimação do gentio, bem como o progresso de ocupação rural da Zona Noroeste. Até 1914, data da conclusão das obras da CEFNOB, a região tinha boa parte de suas terras em processo de retalhação e ao menos nove povoados e uma cidade recém-criados.
Este livro pretende analisar a formação das cidades criadas junto à antiga Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, atual Novoeste, em solo paulista. O período estudado abrange do início de sua construção, em 1905, até a ligação, após percorrer 1.272 quilômetros, com Porto Esperança, no atual Mato Grosso do Sul, em 1914. Nesse curto espaço de tempo será formada uma importante linha de povoados, depois cidades, estabelecidas a partir de estações, guardando características próprias em relação à origem de seus chãos e à implantação dos traçados urbanos.

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