Asfalto Selvagem

Engraçadinha é uma adolescente voluptuosa e muito bonita (quase uma "Lolita" de Nabokov), apaixonada pelo primo Sílvio, que está casamento marcado com Letícia, também prima.

Mesmo noiva de Zózimo, rapaz de humildade exagerada, simplório, arma uma trama para desfazer o enlace matrimonial, seduzindo Sílvio e simulando uma gravidez. O pai, Dr. Vasconcelos, político, ao saber, confessa à filha que Sílvio não é seu primo, mas irmão, exigindo e até contratando um profissional que a faça abortar, além de reconstituir a virgindade perdida.
Nesse período, vários personagens aparecem na trama: as tias velhas de Engraçadinha, Tia Ceci, Tia Zezé e seu marido Nonô, Odorico Quintela, entre outros.
Além da narrativa descritiva dos acontecimentos, cada personagem tem seu pensamento dissecado, mostrando a lascívia, os desejos obscuros, pecaminosos, as verdades que não são ditas ou admitidas. Mas nem todos os pensamentos conseguem ser guardados, a exemplo do Odorico, que, para relatar os motivos pelo qual o juiz teria cometido suicídio, fala sobre uma possível paixão do Dr. Arnaldo pela filha, reflexo de seu próprio desejo.
O romance é entrançado por personagens passageiros, diálogos tricotados ao acaso, assim fazendo críticas a literatos, políticos e personalidades da época, fazendo um retrato histórico - início dos anos 40. Uma obra de fôlego, que se consegue também ler sem que se dê conta de seu extenso volume.
Incesto, pederastia, luxúria, traição, corrupção, vida familiar, casamentos em crise, amores doentios e obsessivos... temas tão bem trabalhados por Nelson Rodrigues.
A obra foi transporta para cinema em 1981, dirigido por Haroldo Marinho Barbosa, tendo como protagonistas Lucélia Santos, Luís Fernando Guimarães, Wilson Grey, Daniel Dantas, entre outros. Também foi feito em forma de minissérie em 18 capítulos, num canal de TV aberto, em 1995, sob direção de Carlos Gerbase, João Henrique Jardim e Denise Saraceni, participando como elenco Cláudia Raia, Alessandra Negrini, Paulo Betti, Pedro Paulo Rangel, Hugo Carvana, entre outros.

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Engraçadinha é uma adolescente voluptuosa e muito bonita (quase uma “Lolita” de Nabokov), apaixonada pelo primo Sílvio, que está casamento marcado com Letícia, também prima. Mesmo noiva de Zózimo, rapaz de humildade exagerada, simplório, arma uma trama para desfazer o enlace matrimonial, seduzindo Sílvio e simulando uma gravidez. O pai, Dr. Vasconcelos, político, ao saber, confessa à filha que Sílvio não é seu primo, mas irmão, exigindo e até contratando um profissional que a faça abortar, além de reconstituir a virgindade perdida.
Nesse período, vários personagens aparecem na trama: as tias velhas de Engraçadinha, Tia Ceci, Tia Zezé e seu marido Nonô, Odorico Quintela, entre outros.
Além da narrativa descritiva dos acontecimentos, cada personagem tem seu pensamento dissecado, mostrando a lascívia, os desejos obscuros, pecaminosos, as verdades que não são ditas ou admitidas. Mas nem todos os pensamentos conseguem ser guardados, a exemplo do Odorico, que, para relatar os motivos pelo qual o juiz teria cometido suicídio, fala sobre uma possível paixão do Dr. Arnaldo pela filha, reflexo de seu próprio desejo.
O romance é entrançado por personagens passageiros, diálogos tricotados ao acaso, assim fazendo críticas a literatos, políticos e personalidades da época, fazendo um retrato histórico – início dos anos 40. Uma obra de fôlego, que se consegue também ler sem que se dê conta de seu extenso volume.
Incesto, pederastia, luxúria, traição, corrupção, vida familiar, casamentos em crise, amores doentios e obsessivos… temas tão bem trabalhados por Nelson Rodrigues.
A obra foi transporta para cinema em 1981, dirigido por Haroldo Marinho Barbosa, tendo como protagonistas Lucélia Santos, Luís Fernando Guimarães, Wilson Grey, Daniel Dantas, entre outros. Também foi feito em forma de minissérie em 18 capítulos, num canal de TV aberto, em 1995, sob direção de Carlos Gerbase, João Henrique Jardim e Denise Saraceni, participando como elenco Cláudia Raia, Alessandra Negrini, Paulo Betti, Pedro Paulo Rangel, Hugo Carvana, entre outros.

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