Conflito No Araguaia: Peões E Posseiros Contra A Grande Empresa

Diante desses dois segmentos de trabalhadores rurais, os posseiros, possíveis de serem pensados  como  um  tipo  particular  de  campesinato,  e  os  peões,  pensáveis  como  um proletariado também específico, certas perguntas não poderiam deixar de ser feitas: que campesinato é este, capaz de formular um modelo de relação com a terra distinto e oposto ao modelo de posse e uso do sistema capitalista sem, no entanto, fazê-lo dentro dos marcos de uma ideologia de esquerda?  Que forma de subordinação  ao  trabalho  é esta em jogo na peonagem, levando à "fuga", como forma de reação privilegiada pelos trabalhadores? Quais percepções da dominação orientam as ações desses dois segmentos? Quais as condições sociais e institucionais em que se fazem seus movimentos de resistência? Qual a eficácia relativa desses movimentos em cada caso?
Entretanto, na cena política que se configurou na área no momento considerado pela pesquisa, a luta pela terra era a expressão mais forte das contradições de modo que muitos dos alinhamentos políticos, das alianças e oposições entre os grupos sociais em presença foram determinados por ela. Isto explica, por exemplo, pelo menos em parte, o afastamento relativo entre peões, como empregados das empresas e os posseiros, como agentes da resistência à implantação  dessas  mesmas  empresas.  Explica  também,  até  certo  ponto,  o  peso  maior atribuído, neste trabalho, à etnografia do conflito.

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Diante desses dois segmentos de trabalhadores rurais, os posseiros, possíveis de serem pensados  como  um  tipo  particular  de  campesinato,  e  os  peões,  pensáveis  como  um proletariado também específico, certas perguntas não poderiam deixar de ser feitas: que campesinato é este, capaz de formular um modelo de relação com a terra distinto e oposto ao modelo de posse e uso do sistema capitalista sem, no entanto, fazê-lo dentro dos marcos de uma ideologia de esquerda?  Que forma de subordinação  ao  trabalho  é esta em jogo na peonagem, levando à “fuga”, como forma de reação privilegiada pelos trabalhadores? Quais percepções da dominação orientam as ações desses dois segmentos? Quais as condições sociais e institucionais em que se fazem seus movimentos de resistência? Qual a eficácia relativa desses movimentos em cada caso?
Entretanto, na cena política que se configurou na área no momento considerado pela pesquisa, a luta pela terra era a expressão mais forte das contradições de modo que muitos dos alinhamentos políticos, das alianças e oposições entre os grupos sociais em presença foram determinados por ela. Isto explica, por exemplo, pelo menos em parte, o afastamento relativo entre peões, como empregados das empresas e os posseiros, como agentes da resistência à implantação  dessas  mesmas  empresas.  Explica  também,  até  certo  ponto,  o  peso  maior atribuído, neste trabalho, à etnografia do conflito.

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