Sexta-Feira Ou Os Limbos Do Pacífico

Este livro de M. Tournier, publicado pela primeira vez em 1967, foi composto, como o próprio autor nos conta, a partir dos contágios provocados por uma renomada e antiga história, mesclada tanto de ficção quanto de realidade: As aventuras de Robinson Crusoé

, escrita pela primeira vez por Daniel Defoe, e por mais de uma vez “reescrita” nesses quase três séculos transcorridos desde o seu lançamento, em 1719, e ainda hoje pouco conhecida na sua versão original e autêntica.
Com certeza, esse famoso Robinson criado por Defoe possuiria, não propriamente uma pré-história, mas, antes, seu próprio campo de contágio, que em parte provém dos registros de relatos escritos ou contados nas embarcações que cruzavam a costa do Pacífico no início do século XVIII. Sabe-se que Daniel Defoe conheceu as anotações deixadas pelo capitão Wood Rogers que, no ano de 1709, ancorou o navio Duke na ilha Juan Fernández, no Pacífico, e recolheu o náufrago Alexander Selkirk. Tratava-se então de um timoneiro escocês que em 1703 largara em Downs, na galera Cinque Portes, como contramestre dessa embarcação que Charles Pickering capitaneava e que tinha como imediato Thomas Stradling. Na sequência, esse navio aportou no Brasil e ali morreu Charles Pickering. Aconteceu que A. Selkirk não se dava bem com o novo capitão; parece que havia muitas desavenças acerca das manobras do barco e as discussões eram frequentes. Sucedeu-se então que, em setembro de 1704, o contramestre do Cinque Portes decidiu desembarcar na ilha Juan Fernández com sua bagagem; permanecendo ali, segundo contam, quatro anos e quatro meses. Até o dia em que o navio Duke aportou naquele pedaço de terra da costa do Pacífico, e levou de volta à pátria o “timoneiro abandonado”.
Seria mesmo quase impossível e, em muitos casos totalmente desnecessário, estabelecer com precisão os limites fronteiriços que entrelaçam os acontecimentos dessa trama original na qual se inscreve a saga do Robinson Crusoé de Defoe. Se por um lado constata-se o quase total desconhecimento dos registros colhidos pelos capitães Wood Rogers e Edward Cooke, como também os de Sir Richard Steeleke, por outro é notório o sucesso universal dessa célebre obra da literatura inglesa, que haveria de imortalizar Daniel Defoe.

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Este livro de M. Tournier, publicado pela primeira vez em 1967, foi composto, como o próprio autor nos conta, a partir dos contágios provocados por uma renomada e antiga história, mesclada tanto de ficção quanto de realidade: As aventuras de Robinson Crusoé, escrita pela primeira vez por Daniel Defoe, e por mais de uma vez “reescrita” nesses quase três séculos transcorridos desde o seu lançamento, em 1719, e ainda hoje pouco conhecida na sua versão original e autêntica.
Com certeza, esse famoso Robinson criado por Defoe possuiria, não propriamente uma pré-história, mas, antes, seu próprio campo de contágio, que em parte provém dos registros de relatos escritos ou contados nas embarcações que cruzavam a costa do Pacífico no início do século XVIII. Sabe-se que Daniel Defoe conheceu as anotações deixadas pelo capitão Wood Rogers que, no ano de 1709, ancorou o navio Duke na ilha Juan Fernández, no Pacífico, e recolheu o náufrago Alexander Selkirk. Tratava-se então de um timoneiro escocês que em 1703 largara em Downs, na galera Cinque Portes, como contramestre dessa embarcação que Charles Pickering capitaneava e que tinha como imediato Thomas Stradling. Na sequência, esse navio aportou no Brasil e ali morreu Charles Pickering. Aconteceu que A. Selkirk não se dava bem com o novo capitão; parece que havia muitas desavenças acerca das manobras do barco e as discussões eram frequentes. Sucedeu-se então que, em setembro de 1704, o contramestre do Cinque Portes decidiu desembarcar na ilha Juan Fernández com sua bagagem; permanecendo ali, segundo contam, quatro anos e quatro meses. Até o dia em que o navio Duke aportou naquele pedaço de terra da costa do Pacífico, e levou de volta à pátria o “timoneiro abandonado”.
Seria mesmo quase impossível e, em muitos casos totalmente desnecessário, estabelecer com precisão os limites fronteiriços que entrelaçam os acontecimentos dessa trama original na qual se inscreve a saga do Robinson Crusoé de Defoe. Se por um lado constata-se o quase total desconhecimento dos registros colhidos pelos capitães Wood Rogers e Edward Cooke, como também os de Sir Richard Steeleke, por outro é notório o sucesso universal dessa célebre obra da literatura inglesa, que haveria de imortalizar Daniel Defoe.

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