A (In)Sustentabilidade Na Dialética Da Inclusão/Exclusão é fruto de esforço coletivo de vários pesquisadores e estudantes, que colocaram, diligentemente, suas energias em torno dessa contextura, demonstrando, assim, que a mobilidade do dito o é, também, do contradito. Nesse sentido, simetrias e assimetrias formam um par dialético que se afastam e se aproximam e é nessa catarse que se apoia os esforços que emergem neste livro.
São tessituras em que se oferecem análises primorosas e é nesse movimento que somos içados aos rudimentos que pululam o nosso imaginário consciente e inconsciente. Sendo assim, a obra tem como mote principal, a relação de conformidade-inconformidade entre inclusão e exclusão em seus diversos desdobramentos e multidimensionalidades, factuais e conceituais. O título da obra, A (In)Sustentabilidade Na Dialética Da Inclusão/Exclusão, já é por si, indicativa do que o leitor encontrará nos pronunciados e enunciados do livro.
Dessa forma, nota-se que inclusão-exclusão caminham juntas e assim sendo, encontraremos na própria lógica das relações contraditórias e desiguais do capitalismo, interatuando com outras dimensões do conhecimento, os achados dessa profícua reflexão epistemológica.
A (In)Sustentabilidade Na Dialética Da Inclusão/Exclusão é dividido em duas seções. Na primeira, os autores se detém ao entendimento da relação da (in)sustentabilidade, inclusão-exclusão no contexto escolar. Nessa perspectiva, a centralidade das discussões giram em torno de relatos de experiências, discussões teóricas e empíricas acerca da formação acadêmica e escolar na educação em geral focados, sobretudo, mas não exclusivamente, nas pessoas com deficiências, sejam elas físicas ou psicológicas. Nesse sentido, percebe-se que o setor educacional brasileiro ainda continua, contraditoriamente, em processo de exclusão abissal.
Na segunda seção, a centralidade dos postulados giram em torno de contextos socioculturais e outras linguagens, ou seja, em sentido lato, poderíamos nos referir a abordagens que comportam a (in)sustentabilidade dos processos de inclusão-exclusão nas diversas matizes de conhecimentos que permite perceber tais problemáticas, originárias das relações contraditórias e desiguais das relações capitalistas.
São essencialmente observadas as invisibilidades de Povos e comunidades tradicionais, os processos de segregação étnico-raciais, inclusive no âmbito acadêmico e escolar e as inquietações das lutas de classe nos processos de exclusão social.