Autófago

Músicas:

1. Desliguem Seus Celulares
2. Eu Não
3. Reator
4. Cérebro Na Cuba
5. Autófago
6. Punk De Boutique
7. Não Se Meta
8. Equinócio
9. Endoscopia
10. Sorôco
11. Famigerado
12. A Outra Cidade
13. Plutão

Este cd é apenas o suporte do seu conteúdo, que é o que realmente importa: a música. No início a música existia apenas durante o tempo de sua execução. Não era palpável. A única forma de armazenamento era a memória, assim como a poesia que também era música antes da escrita. Hoje cada vez mais a música é menos palpável mais uma vez.
O armazenamento continua sendo a memória, mas agora ela é mais inorgânica – de silício – e cada vez mais coletiva. Entre samples e bytes, a música se autoconsome e volta às suas origens. Por isso este cd pode ser copiado e distribuído pelas pessoas de bem, sem qualquer restrição, desde que seja feito de forma gratuita, assim como faziam os aedos na grécia antiga e os cantadores no nordeste brasileiro algumas décadas atrás.
O exílio de Caetano Veloso e Gilberto Gil em Londres em 1969 deu por encerrado o momento da Tropicália e abriu um fosso na história da experimentação sonora na música brasileira. O que viria substituir essa revolução?
Até meados da década de 1970, algumas respostas surgiram: Walter Franco, Secos & Molhados, Sá – Rodrix & Guarabira, Raul Seixas, Belchior, Raimundo Fagner, Alceu Valença, entre outros. Mas a melhor resposta sairia das próprias lides tropicalistas. Gal Costa aglutinou vozes dispersas e estabeleceu o que alguns críticos e historiadores da MPB designaram de Pós-Tropicália: Jards Macalé, Waly Sailormoon, Jorge Mautner, Luiz Melodia, Pitti, Lanny Gordin, Rogério Duprat e Os Novos Baianos. Continuação e ruptura em um mesmo lance de dados.
Somente dez anos depois, a música brasileira veria um momento tão inovador e revolucionário, com o surgimento da chamada Vanguarda Paulistana. De Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, Tetê Espíndola, Vânia Bastos, Eliete Negreiros, Paulo Barnabé & Patife Band, Robinson Borba, Hermelino Nader, Premeditando O Breque, Rumo e Língua de Trapo.
Novamente a experimentação era a tônica dominante. Experimentar com: texto, melodia, ritmo, harmonia, arranjo, interpretação e instrumental.
A Vanguarda, assim como a Tropicália, organicamente, teve vida curta. Em menos de cinco anos, seus artífices se dispersaram: contratados por majors, abandonando a dicção radical, incorporados a “falsa” linha evolutiva da MPB.
As contribuições não foram poucas, mas ficaram, quase sempre, como influência aqui e ali e não como linguagem.
Nos últimos dez anos, foram surgindo intérpretes e compositores que efetivamente estabeleceram uma espécie de Pós-Vanguarda Paulistana.
O cantor, compositor, instrumentista e poeta Makely Ka é, sem dúvida, nome de destaque nessa nova cena.

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9. Endoscopia
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11. Famigerado
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13. Plutão

Este cd é apenas o suporte do seu conteúdo, que é o que realmente importa: a música. No início a música existia apenas durante o tempo de sua execução. Não era palpável. A única forma de armazenamento era a memória, assim como a poesia que também era música antes da escrita. Hoje cada vez mais a música é menos palpável mais uma vez.
O armazenamento continua sendo a memória, mas agora ela é mais inorgânica – de silício – e cada vez mais coletiva. Entre samples e bytes, a música se autoconsome e volta às suas origens. Por isso este cd pode ser copiado e distribuído pelas pessoas de bem, sem qualquer restrição, desde que seja feito de forma gratuita, assim como faziam os aedos na grécia antiga e os cantadores no nordeste brasileiro algumas décadas atrás.
O exílio de Caetano Veloso e Gilberto Gil em Londres em 1969 deu por encerrado o momento da Tropicália e abriu um fosso na história da experimentação sonora na música brasileira. O que viria substituir essa revolução?
Até meados da década de 1970, algumas respostas surgiram: Walter Franco, Secos & Molhados, Sá – Rodrix & Guarabira, Raul Seixas, Belchior, Raimundo Fagner, Alceu Valença, entre outros. Mas a melhor resposta sairia das próprias lides tropicalistas. Gal Costa aglutinou vozes dispersas e estabeleceu o que alguns críticos e historiadores da MPB designaram de Pós-Tropicália: Jards Macalé, Waly Sailormoon, Jorge Mautner, Luiz Melodia, Pitti, Lanny Gordin, Rogério Duprat e Os Novos Baianos. Continuação e ruptura em um mesmo lance de dados.
Somente dez anos depois, a música brasileira veria um momento tão inovador e revolucionário, com o surgimento da chamada Vanguarda Paulistana. De Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, Tetê Espíndola, Vânia Bastos, Eliete Negreiros, Paulo Barnabé & Patife Band, Robinson Borba, Hermelino Nader, Premeditando O Breque, Rumo e Língua de Trapo.
Novamente a experimentação era a tônica dominante. Experimentar com: texto, melodia, ritmo, harmonia, arranjo, interpretação e instrumental.
A Vanguarda, assim como a Tropicália, organicamente, teve vida curta. Em menos de cinco anos, seus artífices se dispersaram: contratados por majors, abandonando a dicção radical, incorporados a “falsa” linha evolutiva da MPB.
As contribuições não foram poucas, mas ficaram, quase sempre, como influência aqui e ali e não como linguagem.
Nos últimos dez anos, foram surgindo intérpretes e compositores que efetivamente estabeleceram uma espécie de Pós-Vanguarda Paulistana.
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