
A língua francesa é talvez a língua estrangeira que melhor expresse a noção de diversidade para um brasileiro. Ela está inscrita para sempre na história do Brasil, tanto no passado imperial, quanto no presente republicano. Ela está intimamente associada a preceitos filosóficos, políticos, tão caros para o mundo, forjados no século das Luzes francês. Numa República atravessada por períodos ditatoriais, marcada por práticas autoritárias, pouco democráticas, a língua francesa contribui muitíssimo para o desenvolvimento do pensamento crítico e científico.
A Europa francófona, a América francófona e a África francófona propõem um olhar distanciado para questões de grande importância no âmbito dos estudos literários e linguísticos: colonialismo e pós-colonialismo, diversidade linguística, questões de gênero, etc.
Essa publicação é resultante de um trabalho conjunto, realizado por diversas instâncias, dentro e fora da UERJ, no sentido de conseguirmos dar continuidade, em pleno movimento de paralisação, ao evento planejado pelo Setor de Francês do Departamento de Letras Neolatinas do Instituto de Letras dessa Universidade.
O principal parceiro do Setor de Francês da UERJ foi a APFERJ (Associação de Professores de Francês do Rio de Janeiro). Temos a felicidade de ter, entre os quadros do Setor, o Presidente dessa Associação – o Professor Doutor Pedro Armando de Almeida Magalhães. O apoio em termos de divulgação e ajudas de custo foi precioso.
Assim, foi realizado o I Seminário de Literaturas Francófonas: o século XX em debate. A proposta primordial era de que cada professor-pesquisador expusesse sua pesquisa atual, o que permitiria, por um lado, mostrar aos estudantes outros aspectos de nosso trabalho, que extrapolam os programas dos cursos. Por outro, essa explanação serviria aos colegas como referência para que se fomentassem debates, conversas, contatos e parcerias, e até, eventualmente, como vem ocorrendo de fato, novos trabalhos conjuntos de cooperação.

Baixe o Vol. II aqui e o Vol. III aqui.
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