Das Teorias À Sala De Aula

A coletânea Das Teorias À Sala De Aula é o resultado de diálogos entre pesquisadoras sobre um mesmo tema: o ensino de gramática.

Das Teorias À Sala De Aula é o resultado de diálogos entre pesquisadoras sobre um mesmo tema: o ensino de gramática. Alguns encontros propiciaram que as autoras aqui reunidas trocassem experiências, projetos e colocassem em debate suas perspectivas teóricas e metodológicas para que a gramática, objeto de interesse dos pesquisadores há tantas décadas no Brasil e na Argentina, países das autoras aqui reunidas, pudesse ser posta em foco.

A gramática tem ocupado um espaço sacralizado entre os estudiosos do sistema da língua e pouco tem adentrado o campo dos especialistas em didática de línguas ou de linguística aplicada. Ao se limitar o espaço do ensino da gramática a um único domínio epistemológico, pode-se, talvez, ganhar espaços na própria academia, mas perde-se o que há de mais rico no campo da ciência: colocá-la em prol das práticas sociais e, no nosso caso, da escola.

Essa visão se fortalece na perspectiva das ciências da linguagem cujo objeto surge das práticas sociais e se volta a ela. Para que isso se efetive, o movimento do pesquisador não é o de propor como o objeto “gramática” deve ser ensinado a partir de sua perspectiva, mas discutir se sua perspectiva é suficiente ou (mais) adequada para suprir as necessidades do ensino no contexto sócio-histórico em que se efetiva.

Assim, ensinar, nessa perspectiva, não é pôr o foco no objeto de estudo isolado de seus outros elementos, mas encontrar a equação que possibilite “fazer funcionar” a dinâmica professor, alunos (e de todos os outros que interferem nesse ensino), instrumentos para o ensino e objeto a ser ensinado.

Segundo Machado, pautada em autores da Ergonomia da Atividade francesa, a criação de um ambiente de aprendizagem propício ao desenvolvimento das capacidades de linguagem é fundamental.

Nesta perspectiva, segundo Machado, a gramática, a escrita e a leitura continuam tendo sua relevância fundamental no ensino da língua, mas não devem ser pensadas isoladamente em relação a como “gerenciar” o funcionamento da sala para que esses itens possam ser ensinados.

Essa visão coloca o trabalho do professor em cena como um grande protagonista na equação da sala de aula: quais são seus conflitos ao se ensinar gramática? Quais as principais dificuldades que enfrenta? De que ordem são essas dificuldades? Como os estudiosos do funcionamento da língua e os da linguística aplicada e didática da língua podem auxiliar esse professor para que consiga, dentro de seu espaço, público-alvo, ferramentas disponíveis (materiais didáticos, apostilas, outras ferramentas semióticas) proporcionar o desenvolvimento das capacidades de linguagem de seus alunos?

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

Das Teorias À Sala De Aula

A coletânea Das Teorias À Sala De Aula é o resultado de diálogos entre pesquisadoras sobre um mesmo tema: o ensino de gramática.

Das Teorias À Sala De Aula é o resultado de diálogos entre pesquisadoras sobre um mesmo tema: o ensino de gramática. Alguns encontros propiciaram que as autoras aqui reunidas trocassem experiências, projetos e colocassem em debate suas perspectivas teóricas e metodológicas para que a gramática, objeto de interesse dos pesquisadores há tantas décadas no Brasil e na Argentina, países das autoras aqui reunidas, pudesse ser posta em foco.

A gramática tem ocupado um espaço sacralizado entre os estudiosos do sistema da língua e pouco tem adentrado o campo dos especialistas em didática de línguas ou de linguística aplicada. Ao se limitar o espaço do ensino da gramática a um único domínio epistemológico, pode-se, talvez, ganhar espaços na própria academia, mas perde-se o que há de mais rico no campo da ciência: colocá-la em prol das práticas sociais e, no nosso caso, da escola.

Essa visão se fortalece na perspectiva das ciências da linguagem cujo objeto surge das práticas sociais e se volta a ela. Para que isso se efetive, o movimento do pesquisador não é o de propor como o objeto “gramática” deve ser ensinado a partir de sua perspectiva, mas discutir se sua perspectiva é suficiente ou (mais) adequada para suprir as necessidades do ensino no contexto sócio-histórico em que se efetiva.

Assim, ensinar, nessa perspectiva, não é pôr o foco no objeto de estudo isolado de seus outros elementos, mas encontrar a equação que possibilite “fazer funcionar” a dinâmica professor, alunos (e de todos os outros que interferem nesse ensino), instrumentos para o ensino e objeto a ser ensinado.

Segundo Machado, pautada em autores da Ergonomia da Atividade francesa, a criação de um ambiente de aprendizagem propício ao desenvolvimento das capacidades de linguagem é fundamental.

Nesta perspectiva, segundo Machado, a gramática, a escrita e a leitura continuam tendo sua relevância fundamental no ensino da língua, mas não devem ser pensadas isoladamente em relação a como “gerenciar” o funcionamento da sala para que esses itens possam ser ensinados.

Essa visão coloca o trabalho do professor em cena como um grande protagonista na equação da sala de aula: quais são seus conflitos ao se ensinar gramática? Quais as principais dificuldades que enfrenta? De que ordem são essas dificuldades? Como os estudiosos do funcionamento da língua e os da linguística aplicada e didática da língua podem auxiliar esse professor para que consiga, dentro de seu espaço, público-alvo, ferramentas disponíveis (materiais didáticos, apostilas, outras ferramentas semióticas) proporcionar o desenvolvimento das capacidades de linguagem de seus alunos?

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog