Trabalhadores, Sindicatos E Industrialização

A partir da II Guerra Mundial a atenção dos cientistas políticos e sociólogos começa a se voltar para as questões atinentes ao sindicalismo dos países em vias de industrialização.


Até então, como era natural, os estudos e pesquisas sobre a classe operária concentravam-se quase unicamente sobre as regiões de velha industrialização, onde tinha surgido um proletariado industrial política e socialmente expressivo.
Era relativamente lógico considerar que as orientações que, grosso modo, marcaram a classe operária nas regiões hoje desenvolvidas tenderiam a se reproduzir nos demais países que iniciavam tardiamente o desenvolvimento.
Porém, quando o processo de industrialização assumiu maior relevância nesses últimos países e os problemas relacionados à formação de uma sociedade moderna impuseram-se também aí, o pensamento social e político começou a ter condições para uma apreciação mais adequada das orientações operárias e sindicais num contexto político, social e econômico diverso do que cercou a expansão das sociedades europeias e norte-americana.
A industrialização nas “áreas periféricas” vem evidenciando que os modos de expressão política e ideológica das camadas trabalhadoras longe de se pautarem por um padrão comum, assumem diferentes formas.
Na verdade, não ignoraram os primeiros teóricos e ativistas do sindicalismo e da classe operária a multiplicidade de correntes ideológicas, de tipos de organização operária e estilos de lideranças vigorantes nos países europeus.
Basta atentar, nesse sentido, para as acirradas polêmicas que opuseram anarquistas, marxistas e reformistas no transcorrer da história do movimento operário. Mas a própria virulência das disputas doutrinárias é indicativa de um pressuposto subjacente: o de que, para a classe operária, só haveria um caminho, uma forma de organização adequada, que cada tendência operária julgava representar.
A diversidade ideológica ou organizatória era explicada em termos de fatores circunstanciais (capacidade das lideranças, nível de desenvolvimento da consciência de classe, etc.) ou de estágios do desenvolvimento do capitalismo.
Julgava-se que a expansão industrial, ou mais precisamente, os modos de expansão, seriam os mesmos em todos os países. Considerava-se, não modelos diferentes mas etapas menos ou mais avançadas de difusão do modo de produção capitalista e de industrialização.

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Era relativamente lógico considerar que as orientações que, grosso modo, marcaram a classe operária nas regiões hoje desenvolvidas tenderiam a se reproduzir nos demais países que iniciavam tardiamente o desenvolvimento.
Porém, quando o processo de industrialização assumiu maior relevância nesses últimos países e os problemas relacionados à formação de uma sociedade moderna impuseram-se também aí, o pensamento social e político começou a ter condições para uma apreciação mais adequada das orientações operárias e sindicais num contexto político, social e econômico diverso do que cercou a expansão das sociedades europeias e norte-americana.
A industrialização nas “áreas periféricas” vem evidenciando que os modos de expressão política e ideológica das camadas trabalhadoras longe de se pautarem por um padrão comum, assumem diferentes formas.
Na verdade, não ignoraram os primeiros teóricos e ativistas do sindicalismo e da classe operária a multiplicidade de correntes ideológicas, de tipos de organização operária e estilos de lideranças vigorantes nos países europeus.
Basta atentar, nesse sentido, para as acirradas polêmicas que opuseram anarquistas, marxistas e reformistas no transcorrer da história do movimento operário. Mas a própria virulência das disputas doutrinárias é indicativa de um pressuposto subjacente: o de que, para a classe operária, só haveria um caminho, uma forma de organização adequada, que cada tendência operária julgava representar.
A diversidade ideológica ou organizatória era explicada em termos de fatores circunstanciais (capacidade das lideranças, nível de desenvolvimento da consciência de classe, etc.) ou de estágios do desenvolvimento do capitalismo.
Julgava-se que a expansão industrial, ou mais precisamente, os modos de expansão, seriam os mesmos em todos os países. Considerava-se, não modelos diferentes mas etapas menos ou mais avançadas de difusão do modo de produção capitalista e de industrialização.

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