Literatura Indígena Brasileira Contemporânea

Julie Dorrico & Outros (Orgs.) - Literatura Indígena Brasileira Contemporânea: Criação, Crítica E Recepção

A literatura indígena brasileira desenvolvida a partir da década de 1990 é um dos fenômenos político-culturais mais importantes de nossa esfera pública e se insere nessa dinâmica ampla de ativismo, de militância e de engajamento de minorias historicamente marginalizadas e invisibilizadas de nossa sociedade

, que assumem o protagonismo público, político e cultural enquanto o núcleo de sua reafirmação como grupo-comunidade e, em consequência, do enfrentamento dessa situação de exclusão e de violência vividas e sofridas.

O importante, aqui, para todos/as nós que estudamos essas expressões estético-literárias das minorias, está exatamente em percebermos essa correlação de autoafirmação e autoexpressão identitárias com e como crítica do presente, politização radical do contexto, das instituições, dos sujeitos, das práticas e dos valores nos quais e a partir dos quais se deu essa construção política das minorias.

No caso da literatura indígena, conforme podemos perceber nas intenções e nos direcionamentos de seus/suas escritores/as, muitos deles/as contribuindo com importantes textos para esta coletânea, buscou-se publicizar a singularidade étnico-antropológica e, a partir daqui, contar à sociedade em geral a história de vida enfrentada por esses povos, representados por tais escritores/as, a partir de um relato autobiográfico, testemunhal e mnemônico da colonização que esteve e está na base de formação do Brasil hodierno.

Importante recordar, além disso, que os/as escritores/as indígenas aliam-se diretamente ao movimento indígena brasileiro, que emerge em fins de 1970 com a intenção de publicizar e, em consequência, de politizar a luta indígena no país, como reação aos projetos de expansão socioeconômica dinamizados pelos governos militares nas regiões norte e centro-oeste.

Nesse caso, o ativismo, a militância e o engajamento públicos, políticos e culturais demarcaram tanto a constituição do movimento indígena e da literatura indígena quanto a imbricação desta para com aquele.

 

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Julie Dorrico & Outros (Orgs.) – Literatura Indígena Brasileira Contemporânea: Criação, Crítica E Recepção

A literatura indígena brasileira desenvolvida a partir da década de 1990 é um dos fenômenos político-culturais mais importantes de nossa esfera pública e se insere nessa dinâmica ampla de ativismo, de militância e de engajamento de minorias historicamente marginalizadas e invisibilizadas de nossa sociedade, que assumem o protagonismo público, político e cultural enquanto o núcleo de sua reafirmação como grupo-comunidade e, em consequência, do enfrentamento dessa situação de exclusão e de violência vividas e sofridas.

O importante, aqui, para todos/as nós que estudamos essas expressões estético-literárias das minorias, está exatamente em percebermos essa correlação de autoafirmação e autoexpressão identitárias com e como crítica do presente, politização radical do contexto, das instituições, dos sujeitos, das práticas e dos valores nos quais e a partir dos quais se deu essa construção política das minorias.

No caso da literatura indígena, conforme podemos perceber nas intenções e nos direcionamentos de seus/suas escritores/as, muitos deles/as contribuindo com importantes textos para esta coletânea, buscou-se publicizar a singularidade étnico-antropológica e, a partir daqui, contar à sociedade em geral a história de vida enfrentada por esses povos, representados por tais escritores/as, a partir de um relato autobiográfico, testemunhal e mnemônico da colonização que esteve e está na base de formação do Brasil hodierno.

Importante recordar, além disso, que os/as escritores/as indígenas aliam-se diretamente ao movimento indígena brasileiro, que emerge em fins de 1970 com a intenção de publicizar e, em consequência, de politizar a luta indígena no país, como reação aos projetos de expansão socioeconômica dinamizados pelos governos militares nas regiões norte e centro-oeste.

Nesse caso, o ativismo, a militância e o engajamento públicos, políticos e culturais demarcaram tanto a constituição do movimento indígena e da literatura indígena quanto a imbricação desta para com aquele.

 

https://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-pedra-no-caminho-branca/

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