
Uma discussão sobre a Teoria do Empoderamento, a partir de diversas matrizes teóricas que hoje se dedicam ao tema. São pensadores que entendem empoderamento como aliança entre conscientizar-se criticamente e transformar na prática, algo contestador e revolucionário na sua essência. Muito mais do que a tradução literal de um termo estrangeiro, é uma prática cotidiana para a igualdade.
Empoderamento não é um conceito novo e nem inédito. Tem raízes históricas e muitas e muitos já se debruçaram sobre ele para catalisar grandes transformações sociais em momentos importantes da história. Trata-se mais de uma redescoberta do que de uma criação, já que há possíveis focos de aplicabilidade antes mesmo da denominação ser cunhada.
Entretanto, apesar de ser um conceito debatido há algum tempo, ainda há muita confusão, inclusive nas redes sociais, quanto ao significado e aplicação. Por isso, partindo de pensadoras como Paulo Freire, Vivian Baquero, Patrícia Hill Collins, bell hooks, Lélia Gonzalez, Barbara Bryant Solomon, Angela Davis, Sueli Carneiro, dentre outras, a feminista negra, arquiteta Joice Berth se debruçou sobre tema candente nos debates atuais, para trazer importantes reflexões.
Dentre outras reflexões, Joice traz que o poder que sugere a palavra não tem nada a ver com o conceito. Na verdade, o limita, já que o conceito transcende e, muito, o entendimento à primeira vista da palavra. Como exemplo, basta lembrar que uma das formas mais comuns de ver a palavra é por alguém dizer “fulana(o) se empoderou”.
No entanto, como Joice explica em sua obra, ninguém se empodera sozinho. Empoderamento é um processo de simbiose entre o individual e o coletivo por uma transformação social profunda. É um instrumento de luta por emancipação e erradicação das desigualdades, que perpassa diversos campos das nossas vidas.











