A Mulher Universal

A Mulher Universal mostra o trabalho de Jacqueline Moraes Teixeira sobre a pedagogia da prosperidade da Igreja Universal e sua construção do feminino.

A Mulher Universal: Corpo, Gênero E Pedagogia Da Prosperidade mostra o trabalho de Jacqueline Moraes Teixeira sobre a pedagogia da prosperidade da Igreja Universal e sua construção do feminino.

Partindo do fato, aparentemente paradoxal, que é a posição do pastor Edir Macedo em defesa do aborto, este livro elabora, passo a passo, as várias dimensões que tornam esse posicionamento compreensível, desde sua fundamentação teológica até as prescrições voltadas para a organização da vida cotidiana.

Proporcionando ao leitor o acesso a um universo ainda pouco conhecido do grande público, a autora relata que o trabalho pedagógico e disciplinar que os agentes religiosos vêm desenvolvendo contam com um escopo muito mais amplo, circulando pelas redes midiáticas, criando ambientes de relacionamento de casais e organizando, com atitudes pontuais e práticas, a vida diária das famílias.

Nessa novidade reside o grande interesse da obra e o desafio proposto para a compreensão das transformações que marcam o papel das religiões no mundo contemporâneo.

Na perspectiva da doutrina da Teologia da Prosperidade, a realização daquilo que se deseja (a graça) depende de exercícios mentais constantes chamados de “confissão positiva”. Apresentando-se como palavras de ordem, atitudes e práticas que visam possuir aquilo que se deseja a “confissão positiva” foi trabalhada na literatura antropológica na chave do ritual religioso. No entanto, a originalidade deste trabalho reside na leitura foucaultiana que a autora oferece para o entendimento do rito e da conjugalidade evangélica.

No que diz respeito ao tema da conjugalidade evangélica a autora dedica grande parte de sua atenção à análise de sua construção por meio de instrumentos mediáticos desenvolvidos ad hoc pelos agentes religiosos da IURD tais como livros, blogues, programas televisivos, cursos, campanhas especiais, desafios, reuniões por faixa etária, etc.

Esses artefatos educacionais, compreendidos enquanto dispositivos no sentido foucaultiano do termo, associam informações gerais, valores morais, reportagens, ofertas de serviços e diferentes formas de propaganda que, tomados em seu conjunto, favorecem o casamento, o controle técnico da reprodução e o exercício de uma sexualidade não associada à maternidade. A rica descrição das dinâmicas de funcionamento desses artefatos revela o modo como eles disciplinam o tempo, o corpo e as rotinas da vida cotidiana.

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Partindo do fato, aparentemente paradoxal, que é a posição do pastor Edir Macedo em defesa do aborto, este livro elabora, passo a passo, as várias dimensões que tornam esse posicionamento compreensível, desde sua fundamentação teológica até as prescrições voltadas para a organização da vida cotidiana.

Proporcionando ao leitor o acesso a um universo ainda pouco conhecido do grande público, a autora relata que o trabalho pedagógico e disciplinar que os agentes religiosos vêm desenvolvendo contam com um escopo muito mais amplo, circulando pelas redes midiáticas, criando ambientes de relacionamento de casais e organizando, com atitudes pontuais e práticas, a vida diária das famílias.

Nessa novidade reside o grande interesse da obra e o desafio proposto para a compreensão das transformações que marcam o papel das religiões no mundo contemporâneo.

Na perspectiva da doutrina da Teologia da Prosperidade, a realização daquilo que se deseja (a graça) depende de exercícios mentais constantes chamados de “confissão positiva”. Apresentando-se como palavras de ordem, atitudes e práticas que visam possuir aquilo que se deseja a “confissão positiva” foi trabalhada na literatura antropológica na chave do ritual religioso. No entanto, a originalidade deste trabalho reside na leitura foucaultiana que a autora oferece para o entendimento do rito e da conjugalidade evangélica.

No que diz respeito ao tema da conjugalidade evangélica a autora dedica grande parte de sua atenção à análise de sua construção por meio de instrumentos mediáticos desenvolvidos ad hoc pelos agentes religiosos da IURD tais como livros, blogues, programas televisivos, cursos, campanhas especiais, desafios, reuniões por faixa etária, etc.

Esses artefatos educacionais, compreendidos enquanto dispositivos no sentido foucaultiano do termo, associam informações gerais, valores morais, reportagens, ofertas de serviços e diferentes formas de propaganda que, tomados em seu conjunto, favorecem o casamento, o controle técnico da reprodução e o exercício de uma sexualidade não associada à maternidade. A rica descrição das dinâmicas de funcionamento desses artefatos revela o modo como eles disciplinam o tempo, o corpo e as rotinas da vida cotidiana.

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