Método(s) De Pesquisa Em Educação

Método(s) De Pesquisa Em Educação oferece um panorama de quais têm sido as técnicas, os materiais e métodos utilizados para construção do conhecimento na área da educação?

Quais têm sido as técnicas, os materiais e métodos utilizados para construção do conhecimento na área da educação?

Para este livro, convidamos pesquisadores e pesquisadoras, militantes na pós-graduação nacional, a compartilhar maneiras substanciadas de se fazer pesquisa em educação.

Nesta obra, distintos métodos de pesquisa em educação são colocados em evidência, para que os modos de produzir o conhecimento na área sejam compreendidos, replicados, refinados, melhorados, redefinidos… constantemente, pois a busca por conhecimentos é um moto-perpétuo contínuo.

"Reconstruo aqui o que entendo por “metodologia científica”, tema a que dediquei obra extensa em minha vida acadêmica. Aprendi, trabalhando próximo à Escola de Frankfurt (acabei fazendo tese de doutorado sobre Marcuse), que um dos distintivos maiores da academia é o cuidado epistemológico, ecoando nisso a maiêutica.

Cientistas realmente importantes sabem questionar o que fazem; outros não “perdem tempo com isso”, porque “se acham”. Um dos textos mais incisivos à época era a “disputa do positivismo na sociologia alemã”, uma rota depois perseguida por Habermas insistentemente).

A Teoria Crítica ocupava, então, um espaço insubstituível no cenário acadêmico como proposta alternativa, postulando a necessidade de crítica autocrítica.

A pegada epistemológica, por vezes mal interpretada como vício filosofante ou filosofada, indicava a relevância de um estilo mais transparente e aberto de ciência, que não temia ser questionada; antes, provocava o questionamento.

Havia nisso inspiração marxista evidente, mas também algum distanciamento, já que, em sua maturidade, Marx (como atesta bem a obra de Althusser) guinara para uma visão de ciência mais próxima do positivismo, como consta no prefácio do primeiro volume do Capital, quando se compara com Darwin: enquanto este construíra as leis da evolução, ele estaria montando as leis da história e acrescentava uma expressão dura: “que se impõem com necessidade de ferro”.

Determinismo científico não estava na agenda da Teoria Crítica que preferia nitidamente postura mais aberta e maleável, em especial quando se trata de pesquisar a sociedade.""
Pedro Demo

http://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-aplique-se-branca/

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“Reconstruo aqui o que entendo por “metodologia científica”, tema a que dediquei obra extensa em minha vida acadêmica. Aprendi, trabalhando próximo à Escola de Frankfurt (acabei fazendo tese de doutorado sobre Marcuse), que um dos distintivos maiores da academia é o cuidado epistemológico, ecoando nisso a maiêutica.

Cientistas realmente importantes sabem questionar o que fazem; outros não “perdem tempo com isso”, porque “se acham”. Um dos textos mais incisivos à época era a “disputa do positivismo na sociologia alemã”, uma rota depois perseguida por Habermas insistentemente).

A Teoria Crítica ocupava, então, um espaço insubstituível no cenário acadêmico como proposta alternativa, postulando a necessidade de crítica autocrítica.

A pegada epistemológica, por vezes mal interpretada como vício filosofante ou filosofada, indicava a relevância de um estilo mais transparente e aberto de ciência, que não temia ser questionada; antes, provocava o questionamento.

Havia nisso inspiração marxista evidente, mas também algum distanciamento, já que, em sua maturidade, Marx (como atesta bem a obra de Althusser) guinara para uma visão de ciência mais próxima do positivismo, como consta no prefácio do primeiro volume do Capital, quando se compara com Darwin: enquanto este construíra as leis da evolução, ele estaria montando as leis da história e acrescentava uma expressão dura: “que se impõem com necessidade de ferro”.

Determinismo científico não estava na agenda da Teoria Crítica que preferia nitidamente postura mais aberta e maleável, em especial quando se trata de pesquisar a sociedade.””
Pedro Demo

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