A arte é uma atividade vinculada à própria existência do homem, mas ao longo da história despertou distintos níveis de preocupação e de abordagem, o que originou diversas concepções e ênfases sobre o seu valor, sua utilidade, sua racionalidade, sua liberdade, sua capacidade crítica, sua relação com a moral e sua necessidade, ou não, de expressar o belo.
A presente obra pretende estudar filosoficamente a arte, estando inserido, portanto, no amplo campo de conhecimento da estética. A partir desse contexto, almejou-se estabelecer uma reflexão que responda se é possível compreender a arte como uma forma legítima de conhecimento e qual sua relação com a moral.
Para tanto, foi proposto com esta pesquisa reconhecer a arte como essencialmente racional, sob a abordagem reflexiva do filósofo Jacques Maritain. Mais especificamente, desejou-se entender o conceito de estética e seu surgimento, bem como aprofundar os temas centrais da filosofia estética de Maritain, além de apresentar seu entendimento sobre a relação entre arte e moral.
A Filosofia Estética De Jacques Maritain divide-se em três capítulos. O capítulo primeiro situa a filosofia de Jacques Maritain, a partir do contexto em que
viveu, apontando sua raiz aristotélico-tomista, mas destacando sua originalidade. Ainda nesse capítulo foi apresentada uma contextualização histórico-conceitual da estética, com ênfase no período da Antiguidade, fundamental para compreender as ideias escolásticas que, por sua vez, formam a base do pensamento de Maritain.
O capítulo segundo apresenta a filosofia estética de Maritain por meio da análise de conceitos centrais, a saber: a arte, o belo, a poesia, a intuição criadora e o conhecimento poético. Por fim, o capítulo terceiro estabeleceu-se a compreensão da possibilidade de uma relação entre arte e moral, como decorrência inevitável do fato de ambas desdobrarem-se da integridade do homem.