
A poesia de Moduan Matus é múltipla, passa pelo Haikai, de origem japonesa, pela parlenda, pelo concretismo, pela poesia aos moldes da geração mimeógrafo – de onde se originaram suas primeiras intervenções poéticas, quando criava, com seus amigos poetas da Baixada, a gização – dentre outras. Nessa época o escritor convivia com poetas como Ricardo de Carvalho, o Chacal, seu amigo até a atualidade.
Hoje, Moduan, com sua respeitada obra, envereda pelo experimentalismo poético, que, aliás, sempre foi a base de sua inclinação artística. Mas é na poesia de cunho identitário que encontra seu mais genuíno lugar poético, de acordo com a visão explicitada neste livro.
As outras vertentes poéticas de Moduan também são bastante significativas, em qualidade estrutural e criativa. Merecem ser estudadas e aprofundadas. A maior importância de nossa modesta contribuição, desse singelo livro, está exatamente na abertura de novos caminhos analíticos, a partir do lugar do poeta, em termos geográficos, afetivos e literários. Por isso, no final desta obra, não estará escrito Considerações Finais, mas, “Considerações para Continuar”.
A apresentação estratégica aqui realizada intentou mostrar ao leitor a forte relação que o poeta Moduan Matus tem com a sua Baixada Fluminense, como se encaixou bem no projeto do Grupo de Pesquisa Margens da Literatura/ CNPq e, no que lhe concerne, nos meus próprios projetos artístico-acadêmicos.
A base deste A poética identitária de Moduan Matus: a Gizção e a Arte Baixadense está nos artigos por mim publicados em revistas especializadas e livros, e em minha participação em eventos regionais, nacionais e internacionais, como o da ABRALIC (Associação Brasileira de Literatura Comparada), do 56º Congresso de Americanistas, em Salamanca; na publicação em vários periódicos, como o Pragmatizes, Revista latino-americana de Estudos em Cultura, da Universidade Federal Fluminense.











