Mosquitos Geneticamente Modificados

Oxitec, uma empresa britânica de biotecnologia, liberou recentemente no Brasil milhões de mosquitos geneticamente modificados, depois de haver realizado experimentos menores nas Ilhas Cayman e na Malásia.

Esta empresa também espera realizar experimentos em uma escala ainda maior no Brasil e iniciar novos experimentos no Panamá, Estados Unidos (Flórida Keys), Índia, Sri Lanka e talvez em outros países.
A técnica patenteada pela Oxitec para modificar insetos é conhecida como RIDL (do inglês, Liberação de Insetos que Carregam um Gene Letal Dominante). Até agora, todos os experimentos que esta empresa realizou em campo foram com a cepa do mosquito Aedes aegypti OX513A que foi geneticamente modificado e, portanto, contém tanto um marcador fluorescente vermelho, como RIDL ou o traço “de letalidade condicionada”.
O objetivo deste experimento é que os mosquitos machos OX513A da Oxitec se cruzem com as fêmeas silvestres e produzam descendência, e que esta descendência morra ainda na fase de larva. Para tanto, espera-se que a liberação de um grande número de machos transgênicos – maior que a população atual de machos silvestres – com o tempo reduza a população total dos mosquitos adultos, já que muitas das crias transgênicas não sobreviverão à idade adulta. Os mosquitos geneticamente modificados, liberados nestes experimentos são mosquitos da Febre Amarela (Aedes aegypti) que transmitem a doença tropical da dengue.
Antes da liberação dos mosquitos geneticamente modificados nas Ilhas Cayman e no Brasil não foram publicadas as avaliações de risco, nem foi realizada consulta à população. Na Malásia, somente foi publicada um resumo da avaliação de risco. GeneWatch obteve cópias das avaliações de risco no Reino Unido, já que a Oxitec deve apresentá-las como requisito para a exportação de ovos de mosquitos geneticamente modificados e para sua liberação pela primeira vez em um determinado país. Em nenhum caso a empresa cumpriu corretamente com o procedimento de notificação, portanto, não foi possível realizar uma análise independente para estabelecer se as avaliações de risco cumpriam ou não com as normas européias.

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Oxitec, uma empresa britânica de biotecnologia, liberou recentemente no Brasil milhões de mosquitos geneticamente modificados, depois de haver realizado experimentos menores nas Ilhas Cayman e na Malásia. Esta empresa também espera realizar experimentos em uma escala ainda maior no Brasil e iniciar novos experimentos no Panamá, Estados Unidos (Flórida Keys), Índia, Sri Lanka e talvez em outros países.
A técnica patenteada pela Oxitec para modificar insetos é conhecida como RIDL (do inglês, Liberação de Insetos que Carregam um Gene Letal Dominante). Até agora, todos os experimentos que esta empresa realizou em campo foram com a cepa do mosquito Aedes aegypti OX513A que foi geneticamente modificado e, portanto, contém tanto um marcador fluorescente vermelho, como RIDL ou o traço “de letalidade condicionada”.
O objetivo deste experimento é que os mosquitos machos OX513A da Oxitec se cruzem com as fêmeas silvestres e produzam descendência, e que esta descendência morra ainda na fase de larva. Para tanto, espera-se que a liberação de um grande número de machos transgênicos – maior que a população atual de machos silvestres – com o tempo reduza a população total dos mosquitos adultos, já que muitas das crias transgênicas não sobreviverão à idade adulta. Os mosquitos geneticamente modificados, liberados nestes experimentos são mosquitos da Febre Amarela (Aedes aegypti) que transmitem a doença tropical da dengue.
Antes da liberação dos mosquitos geneticamente modificados nas Ilhas Cayman e no Brasil não foram publicadas as avaliações de risco, nem foi realizada consulta à população. Na Malásia, somente foi publicada um resumo da avaliação de risco. GeneWatch obteve cópias das avaliações de risco no Reino Unido, já que a Oxitec deve apresentá-las como requisito para a exportação de ovos de mosquitos geneticamente modificados e para sua liberação pela primeira vez em um determinado país. Em nenhum caso a empresa cumpriu corretamente com o procedimento de notificação, portanto, não foi possível realizar uma análise independente para estabelecer se as avaliações de risco cumpriam ou não com as normas européias.

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