O Martelo Das Feiticeiras

Heinrich Kramer & James Sprenger - O Martelo Das Feiticeiras: Malleus Maleficarum

Escrito em 1484 pelos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger, Malleus Maleficarum (“O Martelo Das Feiticeiras”) é a mais importante obra sobre demonologia da história, a temível fonte de inspiração para todos os tratados posteriores.

Levou à tortura e à morte mais de 100 mil mulheres sob o pretexto, entre outros, de “copularem com o demônio”.

O Martelo Das Feiticeiras divide-se em três partes: a primeira discursa aos juízes, ensinando-lhes a reconhecer as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes. A segunda expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os. A terceira regrava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las.

Ela tinha como princípio o preceito bíblico que diz: à feiticeira não deixarás viver.

A abertura de O Martelo Das Feiticeiras, focalizando as três condições necessárias para a bruxaria, nos diz: “Se crer em bruxas é tão essencial à fé católica que sustentar obstinadamente opinião há de ter vivo sabor de heresia.”

Para compreendermos a importância de O Martelo Das Feiticeiras é preciso ter­mos uma visão ao menos mínima da história da mulher no interior da história humana em geral.

Segundo a maioria dos antropólogos, o ser humano habita este planeta há mais de dois milhões de anos. Mais de três quartos deste tempo a nossa espécie passou nas culturas de coleta e caça aos peque­nos animais. Nessas sociedades não havia necessidade de força física para a sobrevivência, e nelas as mulheres possuíam um lugar central.

Em nosso tempo ainda existem remanescentes dessas culturas, tais como os grupos mahoris (Indonésia), pigmeus e bosquímanos (África Central). Estes são os grupos mais primitivos que existem e ainda sobrevivem da coleta dos frutos da terra e da pequena caça ou pesca.

Nesses grupos, a mulher ainda é considerada um ser sagrado, porque pode dar a vida e, portanto, ajudar a fertilidade da terra e dos animais. Nesses grupos, o princípio masculino e o feminino governam o mundo juntos. Havia divisão de trabalho entre os sexos, mas não ha­via desigualdade. A vida corria mansa e paradisíaca.

 

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Heinrich Kramer & James Sprenger – O Martelo Das Feiticeiras: Malleus Maleficarum

Escrito em 1484 pelos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger, Malleus Maleficarum (“O Martelo Das Feiticeiras”) é a mais importante obra sobre demonologia da história, a temível fonte de inspiração para todos os tratados posteriores.

Levou à tortura e à morte mais de 100 mil mulheres sob o pretexto, entre outros, de “copularem com o demônio”.

O Martelo Das Feiticeiras divide-se em três partes: a primeira discursa aos juízes, ensinando-lhes a reconhecer as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes. A segunda expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os. A terceira regrava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las.

Ela tinha como princípio o preceito bíblico que diz: à feiticeira não deixarás viver.

A abertura de O Martelo Das Feiticeiras, focalizando as três condições necessárias para a bruxaria, nos diz: “Se crer em bruxas é tão essencial à fé católica que sustentar obstinadamente opinião há de ter vivo sabor de heresia.”

Para compreendermos a importância de O Martelo Das Feiticeiras é preciso ter­mos uma visão ao menos mínima da história da mulher no interior da história humana em geral.

Segundo a maioria dos antropólogos, o ser humano habita este planeta há mais de dois milhões de anos. Mais de três quartos deste tempo a nossa espécie passou nas culturas de coleta e caça aos peque­nos animais. Nessas sociedades não havia necessidade de força física para a sobrevivência, e nelas as mulheres possuíam um lugar central.

Em nosso tempo ainda existem remanescentes dessas culturas, tais como os grupos mahoris (Indonésia), pigmeus e bosquímanos (África Central). Estes são os grupos mais primitivos que existem e ainda sobrevivem da coleta dos frutos da terra e da pequena caça ou pesca.

Nesses grupos, a mulher ainda é considerada um ser sagrado, porque pode dar a vida e, portanto, ajudar a fertilidade da terra e dos animais. Nesses grupos, o princípio masculino e o feminino governam o mundo juntos. Havia divisão de trabalho entre os sexos, mas não ha­via desigualdade. A vida corria mansa e paradisíaca.

 

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