A Sociedade Do Espetáculo

A Sociedade Do Espetáculo pode ser descrito como uma crítica feroz à sociedade contemporânea, isto é, à sociedade do consumo

Filósofo, agitador social, diretor de cinema, Guy Debord se definia como "doutor em nada" e pensador radical. Ligou-se na década de 1950 à geração herdeira do dadaísmo e do surrealismo.

Em julho de 1957, com artistas e escritores de diferentes países, fundou na Itália a Internacional Situacionista, cuja revista, editada por mais de dez anos, inaugurou o discurso libertário que ganharia o mundo a partir dos acontecimentos de Maio de 1968.

Um ano antes da eclosão do movimento, Debord publicou a mais importante obra teórica dos situacionistas, A Sociedade Do Espetáculo, um livro espantosamente lúcido e demolidor, precursor de toda análise crítica da moderna sociedade de consumo.

Quanto mais o tempo passa, mais atual se torna este texto, pois, como disse Jean-Jacques Pauvert, "ele não antecipou 1968, antecipou o século XXI".

A primeira edição brasileira de A Sociedade Do Espetáculo", neste volume, sai acompanhada de dois trabalhos posteriores – um de 1979, outro de 1988 – em que Debord comenta a própria obra.

"Posso me gabar de ser um raro exemplo contemporâneo de alguém que escreveu sem ser imediatamente desmentido pelos acontecimentos", ele diz: "Não estou me referindo a ser desmentido cem ou mil vezes, como os outros, mas a nem uma única vez. Não duvido que a confirmação encontrada por todas as minhas teses continue até o fim do século, e além dele. Por um simples motivo: compreendi os fatores constitutivos do espetáculo (…) considerando o conjunto do movimento histórico que pôde edificar esta ordem e que agora começa a dissolvê-la. Nesta escala, os anos passados [desde a primeira edição do livro] foram apenas um momento da sequência necessária daquilo que eu havia escrito: o espetáculo aproximou-se ainda mais do seu conceito…"

Debord estava certo: nunca a tirania das imagens e a submissão alienante ao império da mídia foram tão fortes como agora.

Nunca os profissionais do espetáculo tiveram tanto poder: invadiram todas as fronteiras e conquistaram todos os domínios – da arte à economia, da vida cotidiana à política –, passando a organizar de forma consciente e sistemática o império da passividade moderna.

O que o leitor tem em mãos é a mais aguda crítica à sociedade que se organiza em torno dessa falsificação geral da vida comum.

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A Sociedade Do Espetáculo pode ser descrito como uma crítica feroz à sociedade contemporânea, isto é, à sociedade do consumo

Filósofo, agitador social, diretor de cinema, Guy Debord se definia como “doutor em nada” e pensador radical. Ligou-se na década de 1950 à geração herdeira do dadaísmo e do surrealismo.

Em julho de 1957, com artistas e escritores de diferentes países, fundou na Itália a Internacional Situacionista, cuja revista, editada por mais de dez anos, inaugurou o discurso libertário que ganharia o mundo a partir dos acontecimentos de Maio de 1968.

Um ano antes da eclosão do movimento, Debord publicou a mais importante obra teórica dos situacionistas, A Sociedade Do Espetáculo, um livro espantosamente lúcido e demolidor, precursor de toda análise crítica da moderna sociedade de consumo.

Quanto mais o tempo passa, mais atual se torna este texto, pois, como disse Jean-Jacques Pauvert, “ele não antecipou 1968, antecipou o século XXI”.

A primeira edição brasileira de A Sociedade Do Espetáculo”, neste volume, sai acompanhada de dois trabalhos posteriores – um de 1979, outro de 1988 – em que Debord comenta a própria obra.

“Posso me gabar de ser um raro exemplo contemporâneo de alguém que escreveu sem ser imediatamente desmentido pelos acontecimentos”, ele diz: “Não estou me referindo a ser desmentido cem ou mil vezes, como os outros, mas a nem uma única vez. Não duvido que a confirmação encontrada por todas as minhas teses continue até o fim do século, e além dele. Por um simples motivo: compreendi os fatores constitutivos do espetáculo (…) considerando o conjunto do movimento histórico que pôde edificar esta ordem e que agora começa a dissolvê-la. Nesta escala, os anos passados [desde a primeira edição do livro] foram apenas um momento da sequência necessária daquilo que eu havia escrito: o espetáculo aproximou-se ainda mais do seu conceito…”

Debord estava certo: nunca a tirania das imagens e a submissão alienante ao império da mídia foram tão fortes como agora.

Nunca os profissionais do espetáculo tiveram tanto poder: invadiram todas as fronteiras e conquistaram todos os domínios – da arte à economia, da vida cotidiana à política –, passando a organizar de forma consciente e sistemática o império da passividade moderna.

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