Hermenêutica E Práxis Em Gadamer

A instauração de um vínculo fundamental entre a hermenêutica filosófica e a práxis humana impõe-se para Hans-Geog Gadamer como a grande tarefa de suas investigações filosóficas.

Neste sentido, o desenvolvimento de um projeto de pensamento eminentemente interpretativo, nos moldes de uma filosofia hermenêutica, inserido no espaço comum da vida humana colocou-se como a principal empreitada para o filósofo de Heidelberg.

Ao mesmo tempo, a esfera humana da práxis só poderia ser devidamente pensada à medida que fosse reconhecido um cunho eminentemente hermenêutico, que do ponto de vista de Gadamer, está pressuposto a toda reflexão filosófica, encontrando-se desde sempre inerente à mesma. É neste sentido que, de início, podemos afirmar que a filosofia hermenêutica surge da práxis e, ao mesmo tempo, volta-se à práxis.

A fusão entre hermenêutica filosófica e práxis, realizada por Gadamer a partir de sua principal obra, Verdade e Método, e consolidada em alguns ensaios posteriores, é um traço característico da própria reflexão gadameriana na qual a pergunta acerca das condições gerais do compreender encontra-se relacionada fundamentalmente a esse âmbito comum, próprio de uma comunidade linguística.

Os contornos próprios ao acontecer da compreensão indicam uma tarefa própria de um pensamento que se estrutura a partir de uma exigência fundamental, que pode ser formulada da seguinte forma: a visualização da abertura de um domínio compreensivo que dê conta da significância fundamental de nossa relação comum, familiar e vital com o mundo, tal como se manifesta efetivamente na vida cotidiana.

Em outras palavras, as condições do processar histórico-existencial deste acontecimento compreensivo na vida comunitária constituem, portanto, o espaço no qual Gadamer, a partir do horizonte das humanidades, instaura sua reflexão.

Assim, ao retomar a questão da compreensão como um momento central de seu pensamento e, ao mesmo tempo, herança da tradição hermenêutica e do pensamento de Martin Heidegger, Gadamer dedica-se à tarefa filosófica de uma descrição da própria estrutura do evento compreensivo, que se manifesta nos moldes de um acontecimento.

http://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-so-frida-branca/

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Ao mesmo tempo, a esfera humana da práxis só poderia ser devidamente pensada à medida que fosse reconhecido um cunho eminentemente hermenêutico, que do ponto de vista de Gadamer, está pressuposto a toda reflexão filosófica, encontrando-se desde sempre inerente à mesma. É neste sentido que, de início, podemos afirmar que a filosofia hermenêutica surge da práxis e, ao mesmo tempo, volta-se à práxis.

A fusão entre hermenêutica filosófica e práxis, realizada por Gadamer a partir de sua principal obra, Verdade e Método, e consolidada em alguns ensaios posteriores, é um traço característico da própria reflexão gadameriana na qual a pergunta acerca das condições gerais do compreender encontra-se relacionada fundamentalmente a esse âmbito comum, próprio de uma comunidade linguística.

Os contornos próprios ao acontecer da compreensão indicam uma tarefa própria de um pensamento que se estrutura a partir de uma exigência fundamental, que pode ser formulada da seguinte forma: a visualização da abertura de um domínio compreensivo que dê conta da significância fundamental de nossa relação comum, familiar e vital com o mundo, tal como se manifesta efetivamente na vida cotidiana.

Em outras palavras, as condições do processar histórico-existencial deste acontecimento compreensivo na vida comunitária constituem, portanto, o espaço no qual Gadamer, a partir do horizonte das humanidades, instaura sua reflexão.

Assim, ao retomar a questão da compreensão como um momento central de seu pensamento e, ao mesmo tempo, herança da tradição hermenêutica e do pensamento de Martin Heidegger, Gadamer dedica-se à tarefa filosófica de uma descrição da própria estrutura do evento compreensivo, que se manifesta nos moldes de um acontecimento.

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