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Este livro adota como objeto de reflexão o Conceito de Alienação em Karl Marx. A tentativa em retomar o conceito de alienação expresso, sobretudo, na obra “Manuscritos Econômico-Filosóficos”, buscando aproximar-se ao máximo de sua originalidade, constitui o centro deste trabalho.
Em que consiste a alienação para Karl Marx, quais os elementos constitutivos de seu conceito, bem como os ecos do conceito marxiano da alienação para a contemporaneidade são as questões desenvolvidas ao longo do trabalho.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter teórico-filosófico, sob a orientação metodológica do materialismo histórico-dialético.
No que concerne à obra referencial “Manuscritos Econômico-Filosóficos”, embora ela seja de cunho filosófico, os elementos que analisa são históricos, compõem as condições reais de vida e de existência do homem, indicando sua razão, seu pensar, bem como suas condições materiais.
No conceito de alienação em Marx se evidencia não somente a crítica à distribuição capitalista, mas, essencialmente, ao modo de produção capitalista que escraviza o operário e desrealiza o homem como ser de uma espécie.
A preocupação de Marx não é a distribuição de renda, mas a libertação do homem de um tipo de trabalho: o trabalho alienado. Porque este tipo de trabalho afasta o homem da sua espécie e o aliena em um ser individual, abstrato; fazendo o homem perder sua consciência de espécie, de ser
genérico, de humano.
A alienação se efetiva quando o homem não se vivencia, quando ele não se encontra com o ato produtivo. Não se pode compreender o conceito do homem ativo de Marx (humano ativo) se não compreender o conceito de alienação: negação da vida produtiva. O ato da produção torna-se escravizador. A alienação atinge seu auge na sociedade capitalista, embora tenha existido em outras sociedades.
Marx adverte sobre as consequências desastrosas da alienação para a humanidade, desde a destruição das forças produtivas até à aniquilação do homem enquanto ser genérico, diga-se, do trabalhador, pois é sobre este que se abate a perda do produto do trabalho. O homem de classe oposta à classe do trabalhador se realiza nessa forma de relação de trabalho.
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