Comunicação, Desenvolvimento, Trabalho

Comunicação, Desenvolvimento, Trabalho traz debates e reflexões que buscam colocar em perspectiva crítica e encontrar alternativas à ideologia neoliberal.

Ao organizarmos Comunicação, Desenvolvimento, Trabalho, tínhamos em mente, senão responder, iluminar as duas faces de um mesmo fenômeno: o excesso da comunicação e a exiguidade do trabalho. Como é óbvio supor, tendo em vista que vivemos na assim chamada sociedade da informação e da comunicação, há quase uma onipresença dessas duas palavras na produção intelectual contemporânea.

Dificilmente há algum campo do conhecimento que não se depare com as consequências – éticas, sociais, políticas, econômicas, culturais – das tecnologias de informação e comunicação. Em alguns casos, essas tecnologias são encaradas como um desafio a mais - porém, na maioria dos casos elas estão diretamente associadas a um outro vocábulo que trouxemos para este volume: desenvolvimento.

Comunicação – e informação – são, assim, reivindicadas e associadas a tecnologia e desenvolvimento, ambas tensionadas entre si quase como palavras sinônimas.

Por outro lado, há uma exiguidade da palavra trabalho na produção acadêmica – muito embora, é forçoso admitir, tenha havido, nos últimos anos, com o surgimento do substantivo com sentido verbal uberização no horizonte intelectual, mas sobretudo no cotidiano, um crescente interesse sobre os sentidos do trabalho e os impactos das plataformas da auto intitulada economia colaborativa nos humanos.

Não obstante, essa renovação do interesse sobre o trabalho parece ser apenas uma resposta tardia para os problemas que se avolumaram com as mais de quatro décadas em que se acreditou que eram a comunicação, a informação, a técnica, a ciência os únicos atores do desenvolvimento humano, os únicos capazes de conferir valor para a existência humana.

O conjunto de textos reunidos em Comunicação, Desenvolvimento, Trabalho é fruto dos debates e reflexões que buscam colocar em perspectiva crítica e encontrar alternativas à ideologia neoliberal. Para tornar mais orgânicos os trabalhos de diferentes autores, o livro foi dividido em duas partes. A primeira investiga a relação, nem sempre óbvia, entre comunicação, informação e desenvolvimento, e reúne os três primeiros capítulos.

A segunda parte do livro, que reúne textos diretamente relacionados aos trabalhadores da comunicação, busca a um só tempo desenhar um horizonte a partir do qual se possam compreender diversas dimensões dessa atividade central para a chamada economia criativa e lhes fornecer caminhos e perspectivas em busca da dignidade humana.

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Dificilmente há algum campo do conhecimento que não se depare com as consequências – éticas, sociais, políticas, econômicas, culturais – das tecnologias de informação e comunicação. Em alguns casos, essas tecnologias são encaradas como um desafio a mais – porém, na maioria dos casos elas estão diretamente associadas a um outro vocábulo que trouxemos para este volume: desenvolvimento.

Comunicação – e informação – são, assim, reivindicadas e associadas a tecnologia e desenvolvimento, ambas tensionadas entre si quase como palavras sinônimas.

Por outro lado, há uma exiguidade da palavra trabalho na produção acadêmica – muito embora, é forçoso admitir, tenha havido, nos últimos anos, com o surgimento do substantivo com sentido verbal uberização no horizonte intelectual, mas sobretudo no cotidiano, um crescente interesse sobre os sentidos do trabalho e os impactos das plataformas da auto intitulada economia colaborativa nos humanos.

Não obstante, essa renovação do interesse sobre o trabalho parece ser apenas uma resposta tardia para os problemas que se avolumaram com as mais de quatro décadas em que se acreditou que eram a comunicação, a informação, a técnica, a ciência os únicos atores do desenvolvimento humano, os únicos capazes de conferir valor para a existência humana.

O conjunto de textos reunidos em Comunicação, Desenvolvimento, Trabalho é fruto dos debates e reflexões que buscam colocar em perspectiva crítica e encontrar alternativas à ideologia neoliberal. Para tornar mais orgânicos os trabalhos de diferentes autores, o livro foi dividido em duas partes. A primeira investiga a relação, nem sempre óbvia, entre comunicação, informação e desenvolvimento, e reúne os três primeiros capítulos.

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