Livro De Mágoas

Em Livro De Mágoas, Florbela centra-se na temática da mágoa, da dor e da saudade, inserindo-se, desde o início da obra, num contexto decadentista.

Livro De Mágoas é o primeiro livro de Florbela Espanca, editado em 1919. A edição é da responsabilidade de Raul Proença a quem a autora envia os primeiros poemas em 1916, numa coletânea a que chamou "Trocando Olhares".

A obra abre com epígrafe a Eugénio de Castro e Verlaine e Florbela dedica-a ao seu pai, que considera o seu melhor amigo, e à sua alma irmã - o seu irmão.

Florbela centra-se, ao longo de 32 sonetos, na temática da mágoa, da dor e da saudade. "Estabelece um espaço poético único, que deseja como espaço de comunicação entre tristes e magoados"

Este livro é de mágoas. Desgraçados
Que no mundo passais, chorai ao lê-lo!
Somente a vossa dor de Torturados
Pode, talvez, senti-lo… e compreendê-lo…
Este livro é para vós, Abençoados
Os que o sentirem, sem ser bom nem belo!
Bíblia de tristes… Ó Desventurados,
Que a vossa imensa dor se acalme ao vê-lo!
Livro de Mágoas… Dores… Ansiedades!
Livro de Sombras… Névoas… e Saudades!
Vai pelo mundo… (Trouxe-o no meu seio…)
Irmãos na Dor, os olhos rasos de agua,
Chorai comigo a minha imensa mágoa,
Lendo o meu livro só de mágoas cheio!…

Florbela Espanca nasce a 8 de Dezembro de 1894. Batizada como Flor Bela de Alma da Conceição, é filha de Antónia da Conceição Lobo, empregada de seu pai, João Maria Espanca.

Florbela escreve o primeiro poema aos 7 anos, a que chamou "A vida e a morte", indiciando já a sua preferência temática.

Em 1908 fica orfã de mãe e é criada pelo pai e pela madrasta. A sua infância, apesar das circunstâncias, não será infeliz. O pai é muito importante na sua vida e é acarinhada pelas duas madastras. Concluiu o Curso Complementar de Letras em 1917 e inscreve-se em Direito. É a primeira mulher a frequentar o curso de Direito da Universidade de Lisboa.

Publica o primeiro livro, Livro de Mágoas, em 1919, pelas mãos de Raul Proença, conseguindo bastante sucesso. Nesse mesmo ano, casa com um colega de estudos, Alberto Moutinho. Contrairá matrimónio mais duas vezes.

A morte do irmão Apeles, em 1927, abala-a gravemente. Escreve e dedica-lhe a obra "As Mágoas do Destino". O seu estado de saúde agrava-se consideravelmente a partir deste momento.

Após várias tentativas falhadas, põe fim à vida em 8 de Dezembro de 1930, dia do seu aniversário.

"Precursora do movimento feminista em Portugal, teve uma vida tumultuada, inquieta, transformando seus sofrimentos íntimos em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade."

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Em Livro De Mágoas, Florbela centra-se na temática da mágoa, da dor e da saudade, inserindo-se, desde o início da obra, num contexto decadentista.

Livro De Mágoas é o primeiro livro de Florbela Espanca, editado em 1919. A edição é da responsabilidade de Raul Proença a quem a autora envia os primeiros poemas em 1916, numa coletânea a que chamou “Trocando Olhares”.

A obra abre com epígrafe a Eugénio de Castro e Verlaine e Florbela dedica-a ao seu pai, que considera o seu melhor amigo, e à sua alma irmã – o seu irmão.

Florbela centra-se, ao longo de 32 sonetos, na temática da mágoa, da dor e da saudade. “Estabelece um espaço poético único, que deseja como espaço de comunicação entre tristes e magoados”

Este livro é de mágoas. Desgraçados
Que no mundo passais, chorai ao lê-lo!
Somente a vossa dor de Torturados
Pode, talvez, senti-lo… e compreendê-lo…
Este livro é para vós, Abençoados
Os que o sentirem, sem ser bom nem belo!
Bíblia de tristes… Ó Desventurados,
Que a vossa imensa dor se acalme ao vê-lo!
Livro de Mágoas… Dores… Ansiedades!
Livro de Sombras… Névoas… e Saudades!
Vai pelo mundo… (Trouxe-o no meu seio…)
Irmãos na Dor, os olhos rasos de agua,
Chorai comigo a minha imensa mágoa,
Lendo o meu livro só de mágoas cheio!…

Florbela Espanca nasce a 8 de Dezembro de 1894. Batizada como Flor Bela de Alma da Conceição, é filha de Antónia da Conceição Lobo, empregada de seu pai, João Maria Espanca.

Florbela escreve o primeiro poema aos 7 anos, a que chamou “A vida e a morte”, indiciando já a sua preferência temática.

Em 1908 fica orfã de mãe e é criada pelo pai e pela madrasta. A sua infância, apesar das circunstâncias, não será infeliz. O pai é muito importante na sua vida e é acarinhada pelas duas madastras. Concluiu o Curso Complementar de Letras em 1917 e inscreve-se em Direito. É a primeira mulher a frequentar o curso de Direito da Universidade de Lisboa.

Publica o primeiro livro, Livro de Mágoas, em 1919, pelas mãos de Raul Proença, conseguindo bastante sucesso. Nesse mesmo ano, casa com um colega de estudos, Alberto Moutinho. Contrairá matrimónio mais duas vezes.

A morte do irmão Apeles, em 1927, abala-a gravemente. Escreve e dedica-lhe a obra “As Mágoas do Destino”. O seu estado de saúde agrava-se consideravelmente a partir deste momento.

Após várias tentativas falhadas, põe fim à vida em 8 de Dezembro de 1930, dia do seu aniversário.

“Precursora do movimento feminista em Portugal, teve uma vida tumultuada, inquieta, transformando seus sofrimentos íntimos em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade.”

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