Luciano Berio: Legado E Atualidade

Em maio de 2003, falecia um dos maiores músicos de todos os tempos e um dos protagonistas da vanguarda musical da chamada geração pós-weberniana: o compositor italiano Luciano Berio.


Em 2013, levado então não apenas por minha paixão pela sua obra e suas ideias, mas também pela proximidade que tinha com relação a este grande mestre, que até mesmo uma bolsa de pesquisa me arranjou na Suíça, pessoalmente, nos idos dos anos 1990, para estudar seus manuscritos junto à Fundação Paul Sacher, e fazendo jus à enorme influência que sua obra exerceu não apenas em mim, mas em muitos colegas de minha geração, não poderia eu deixar que tal ocasião passasse em branco. Afinal, ao lado de Karlheinz Stockhausen, Henri Pousseur e Pierre Boulez, Berio constituiu o quarteto de maior repercussão na cabeça da vanguarda musical brasileira, em especial da paulista, pelo viés dos ensinamentos de Willy Corrêa de Oliveira e, em alguma medida, também de Gilberto Mendes no Curso de Composição da USP, sobretudo no final dos anos 1970 e durante os anos 1980.
Assim é que, de 24 a 26 de outubro de 2013, organizei, à frente do Studio PANaroma de Música Eletroacústica da Unesp, no Instituto de Artes do Câmpus de São Paulo, e em meio à SPA 2013 (Semana da Porta Aberta do Studio PANaroma), o Simpósio Berio: 10 anos depois... Levando a público oito conferências, ministradas por todos os meus orientados de Pós-Graduação àquela época e por músicos convidados (meus colegas da área da composição contemporânea Silvio Ferraz, Alexandre Lunsqui e Mauricio De Bonis), uma mesa-redonda e três concertos, o evento consistiu num profundo mergulho em aspectos os mais diversos da obra deste gigante da história da música, num dos raros eventos acadêmicos que transcorreram num ambiente caracterizado ao mesmo tempo por um forte cunho científico e por um grande prazer estético, como atestou seu enorme sucesso de público.
Este volume reúne os textos de todas as conferências e da mesa-redonda desse Simpósio. Quando o tempo nos permitiu, seguiram-se às conferências debates entre os presentes, de extensões muito variadas, mas de toda forma igualmente presentes aqui. Além disso, decidi acrescentar ao conjunto de textos dois outros de eminentes personalidades próximas a Berio: um sobre o jovem Berio, do grande musicólogo italiano Enzo Restagno; e um outro, a título de contribuição post-mortem, de um de seus mais próximos companheiros de viagem: nada mais, nada menos que Umberto Eco.

   

 

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Em maio de 2003, falecia um dos maiores músicos de todos os tempos e um dos protagonistas da vanguarda musical da chamada geração pós-weberniana: o compositor italiano Luciano Berio.
Em 2013, levado então não apenas por minha paixão pela sua obra e suas ideias, mas também pela proximidade que tinha com relação a este grande mestre, que até mesmo uma bolsa de pesquisa me arranjou na Suíça, pessoalmente, nos idos dos anos 1990, para estudar seus manuscritos junto à Fundação Paul Sacher, e fazendo jus à enorme influência que sua obra exerceu não apenas em mim, mas em muitos colegas de minha geração, não poderia eu deixar que tal ocasião passasse em branco. Afinal, ao lado de Karlheinz Stockhausen, Henri Pousseur e Pierre Boulez, Berio constituiu o quarteto de maior repercussão na cabeça da vanguarda musical brasileira, em especial da paulista, pelo viés dos ensinamentos de Willy Corrêa de Oliveira e, em alguma medida, também de Gilberto Mendes no Curso de Composição da USP, sobretudo no final dos anos 1970 e durante os anos 1980.
Assim é que, de 24 a 26 de outubro de 2013, organizei, à frente do Studio PANaroma de Música Eletroacústica da Unesp, no Instituto de Artes do Câmpus de São Paulo, e em meio à SPA 2013 (Semana da Porta Aberta do Studio PANaroma), o Simpósio Berio: 10 anos depois… Levando a público oito conferências, ministradas por todos os meus orientados de Pós-Graduação àquela época e por músicos convidados (meus colegas da área da composição contemporânea Silvio Ferraz, Alexandre Lunsqui e Mauricio De Bonis), uma mesa-redonda e três concertos, o evento consistiu num profundo mergulho em aspectos os mais diversos da obra deste gigante da história da música, num dos raros eventos acadêmicos que transcorreram num ambiente caracterizado ao mesmo tempo por um forte cunho científico e por um grande prazer estético, como atestou seu enorme sucesso de público.
Este volume reúne os textos de todas as conferências e da mesa-redonda desse Simpósio. Quando o tempo nos permitiu, seguiram-se às conferências debates entre os presentes, de extensões muito variadas, mas de toda forma igualmente presentes aqui. Além disso, decidi acrescentar ao conjunto de textos dois outros de eminentes personalidades próximas a Berio: um sobre o jovem Berio, do grande musicólogo italiano Enzo Restagno; e um outro, a título de contribuição post-mortem, de um de seus mais próximos companheiros de viagem: nada mais, nada menos que Umberto Eco.

   

 

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