Homens Que Se Veem

Homens Que Se Veem é inspirado nos referenciais teóricos e metodológicos de pesquisas etnográficas e em textos científicos/políticos dos estudos de gênero.

Perceber que sentidos sobre masculinidades se constituem em Junior e em MH Portugal, tendo em vista discurso dos agentes envolvidos em sua produção, os instantes então acompanhados e o produto final veiculado, é o objetivo central da pesquisa contada em Homens Que Se Veem. O trabalho é inspirado nos referenciais teóricos e metodológicos de pesquisas etnográficas, bem como em textos científicos/políticos dos estudos de gênero, de sexualidade e da teoria queer e, ao final, representa, justamente pelos modos como se dá e pelas conclusões as quais chega, uma importante fonte para que se pense como, ao constituir-se em jornalismo, o discurso analisado corrobora para que determinados corpos e vidas possam ou não importar.

A entrada dos homens no campo da representação dos seus corpos – como objeto de desejo de outros homens, ou como objeto de projeção, digamos, narcísica – não é da mesma ordem que a objetificação das mulheres. Pensá-lo seria aceitar uma falsa simetria, que não corresponde às assimetrias de género. O homem-objeto-de-desejo do universo gay é, tendencialmente, um “igual”, num campo sexual, a ele próprio marginalizado e subalternizado. O homem-projeção do universo masculino heterossexual é um modelo de reafirmação da hegemonia masculina preexistente.

Tanto no universo gay, como no universo heterossexual, os corpos representados falam de outras arenas de privilégio. No caso do homem-objeto-de-desejo, ele pode pertencer a identificações de classe e raça, por exemplo, claramente subalternas, e apropriadas como fantasia de hipermasculinidade. No caso do homem-projeção, são essas identidades subalternas que são elididas, dando-se primazia à representação do branco de classe média, com sinais de poder de consumo e de sucesso profissional.

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Homens Que Se Veem é inspirado nos referenciais teóricos e metodológicos de pesquisas etnográficas e em textos científicos/políticos dos estudos de gênero.

Perceber que sentidos sobre masculinidades se constituem em Junior e em MH Portugal, tendo em vista discurso dos agentes envolvidos em sua produção, os instantes então acompanhados e o produto final veiculado, é o objetivo central da pesquisa contada em Homens Que Se Veem. O trabalho é inspirado nos referenciais teóricos e metodológicos de pesquisas etnográficas, bem como em textos científicos/políticos dos estudos de gênero, de sexualidade e da teoria queer e, ao final, representa, justamente pelos modos como se dá e pelas conclusões as quais chega, uma importante fonte para que se pense como, ao constituir-se em jornalismo, o discurso analisado corrobora para que determinados corpos e vidas possam ou não importar.

A entrada dos homens no campo da representação dos seus corpos – como objeto de desejo de outros homens, ou como objeto de projeção, digamos, narcísica – não é da mesma ordem que a objetificação das mulheres. Pensá-lo seria aceitar uma falsa simetria, que não corresponde às assimetrias de género. O homem-objeto-de-desejo do universo gay é, tendencialmente, um “igual”, num campo sexual, a ele próprio marginalizado e subalternizado. O homem-projeção do universo masculino heterossexual é um modelo de reafirmação da hegemonia masculina preexistente.

Tanto no universo gay, como no universo heterossexual, os corpos representados falam de outras arenas de privilégio. No caso do homem-objeto-de-desejo, ele pode pertencer a identificações de classe e raça, por exemplo, claramente subalternas, e apropriadas como fantasia de hipermasculinidade. No caso do homem-projeção, são essas identidades subalternas que são elididas, dando-se primazia à representação do branco de classe média, com sinais de poder de consumo e de sucesso profissional.

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