Perspectivas De Pesquisa Em Cultura Pop

Este livro atesta a multiplicidade de abordagens (inter)disciplinares que a cultura pop como tema de pesquisa permite, ampliando os espaços de debate.

Uma das principais demandas das pesquisas acadêmicas na área das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e, mais especificamente, no campo da Comunicação é por inovação.

Questionamentos sobre avanços científicos, reconfigurações de metodologias, novas epistemologias parecem estar no “calo” de um conjunto de fazeres e práticas acadêmicas, sobretudo após a intensificação da vivência em rede, quando conteúdos acadêmicos passaram a disputar a atenção de leitores mais desavisados e se espraiar ainda mais no tecido social. A popularização das práticas acadêmicas nas redes sociais digitais também trouxe uma série de ataques, desinformação e discurso anticientífico.

A “crise de verdade” que se instaura a partir da polarização política, da ascensão do tecnoautoritarismo, da intensificação do discurso de ódio contra práticas científicas e dos inúmeros golpes que vão se sobrepondo nas práticas democráticas tem um foco ainda mais privilegiado: as pesquisas sobre cultura pop.

Não são poucos os ataques promovidos por grupos de extrema-direita e conservadores a investigações científicas que tematizam, problematizam e recolocam debates a partir da cultura pop – este espaço, muitas vezes, taxado como banal, excessivamente comercial, alienado e colonizado.

A facilidade com que os argumentos de que “estudar academicamente cultura pop não é ciência” aderem no social demonstra, para além de um profundo desconhecimento das práticas científicas, ainda um conjunto de pré-julgamentos que seguem arraigados no senso comum. O mais perigoso e perverso deles, eu diria, é aquele que segue separando, assim como propunham os Iluministas, razão de emoção, lógica de prazer, cartesianismo de desvio.

Enquanto estas premissas binárias seguirem operando, “separando” o sujeito e domesticando as suas ações a partir de “receitas” acadêmicas que, muitas vezes, passam por aspectos morais, discursivos e conservadores, haverá o empobrecimento do caráter inovador do conhecimento científico, recusando a adentrar esferas tensivas em que capitalismo, mídia, subjetividade e história estão se interpenetrando e se agenciando em constantes disputas.


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Este livro atesta a multiplicidade de abordagens (inter)disciplinares que a cultura pop como tema de pesquisa permite, ampliando os espaços de debate.

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Questionamentos sobre avanços científicos, reconfigurações de metodologias, novas epistemologias parecem estar no “calo” de um conjunto de fazeres e práticas acadêmicas, sobretudo após a intensificação da vivência em rede, quando conteúdos acadêmicos passaram a disputar a atenção de leitores mais desavisados e se espraiar ainda mais no tecido social. A popularização das práticas acadêmicas nas redes sociais digitais também trouxe uma série de ataques, desinformação e discurso anticientífico.

A “crise de verdade” que se instaura a partir da polarização política, da ascensão do tecnoautoritarismo, da intensificação do discurso de ódio contra práticas científicas e dos inúmeros golpes que vão se sobrepondo nas práticas democráticas tem um foco ainda mais privilegiado: as pesquisas sobre cultura pop.

Não são poucos os ataques promovidos por grupos de extrema-direita e conservadores a investigações científicas que tematizam, problematizam e recolocam debates a partir da cultura pop – este espaço, muitas vezes, taxado como banal, excessivamente comercial, alienado e colonizado.

A facilidade com que os argumentos de que “estudar academicamente cultura pop não é ciência” aderem no social demonstra, para além de um profundo desconhecimento das práticas científicas, ainda um conjunto de pré-julgamentos que seguem arraigados no senso comum. O mais perigoso e perverso deles, eu diria, é aquele que segue separando, assim como propunham os Iluministas, razão de emoção, lógica de prazer, cartesianismo de desvio.

Enquanto estas premissas binárias seguirem operando, “separando” o sujeito e domesticando as suas ações a partir de “receitas” acadêmicas que, muitas vezes, passam por aspectos morais, discursivos e conservadores, haverá o empobrecimento do caráter inovador do conhecimento científico, recusando a adentrar esferas tensivas em que capitalismo, mídia, subjetividade e história estão se interpenetrando e se agenciando em constantes disputas.

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