O Amor Tudo Crê, Tudo Suporta?

O Amor Tudo Crê, Tudo Suporta? é sobre o patriarcado, o amor romântico, os estudos feministas, os estudos de gênero, a hermenêutica feminista.

Quais os entendimentos sobre o amor vigentes na atualidade? Quais as implicações desses entendimentos para a vida das mulheres? Quem se beneficia, de fato, da perspectiva do amor romântico? Que aspectos do romantismo “cativam”, provocando-nos a pensar sobre os múltiplos sentidos para este verbo?

A complexidade dessas questões abordadas pelas autoras nos move à leitura e à reflexão. Em primeiro lugar, os conceitos trazidos ao debate fazem parte das preocupações e ocupações das intelectuais feministas, na tentativa de exporem à comunidade acadêmica a necessidade de ampliar a compreensão conceitual, com base na luta histórica das mulheres e de sua produção criativa.

Por este caminho, entendemos a impossibilidade de permanecermos alheias às mostras cotidianas de que esta luta segue, com agenda que se consolida para o direito à educação, ao trabalho, à moradia, à terra, à vida… e que se faz imprescindível para a democracia plena.

As autoras, debruçando-se sobre o patriarcado, o amor romântico, os estudos feministas, os estudos de gênero, a hermenêutica feminista e a educação (entendo que a não apresentação deste último conceito seja proposital, a fim de garantir que seja transversal a todos os demais) – seguindo as inspirações de mulheres que se dispõem a enfrentar o machismo e todas as formas de opressão – compartilham um livro que sistematiza os estudos realizados por elas e motivam a que outros debates sejam promovidos.

Retomam, além dos conceitos abordados pelas diferentes teóricas com as quais dialogam, análises que fazem cotidianamente como mulheres atravessadas por essas questões.

Cada ação em prol da sustentabilidade da vida é complexa. Entretanto, desfaz-se toda a produção criativa inerente ao processo, por se tratar de uma madresposa, pautada pelo amor que tudo crê (desfaz-se o espaço para o pensamento crítico), tudo espera (sucumbe o desejo de movimentar-se e esperançar), tudo suporta (anula-se a subjetividade) e… jamais acaba (mantém-se um círculo, mesmo que de violências).

Coube, portanto, a nós mesmas, intelectuais e militantes, reivindicarmos este lugar de fala e de produção criativa, tornando nítido que o olhar do patriarca, em suas múltiplas formas de manifestação, é que nos julgou e silenciou.

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O Amor Tudo Crê, Tudo Suporta? é sobre o patriarcado, o amor romântico, os estudos feministas, os estudos de gênero, a hermenêutica feminista.

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A complexidade dessas questões abordadas pelas autoras nos move à leitura e à reflexão. Em primeiro lugar, os conceitos trazidos ao debate fazem parte das preocupações e ocupações das intelectuais feministas, na tentativa de exporem à comunidade acadêmica a necessidade de ampliar a compreensão conceitual, com base na luta histórica das mulheres e de sua produção criativa.

Por este caminho, entendemos a impossibilidade de permanecermos alheias às mostras cotidianas de que esta luta segue, com agenda que se consolida para o direito à educação, ao trabalho, à moradia, à terra, à vida… e que se faz imprescindível para a democracia plena.

As autoras, debruçando-se sobre o patriarcado, o amor romântico, os estudos feministas, os estudos de gênero, a hermenêutica feminista e a educação (entendo que a não apresentação deste último conceito seja proposital, a fim de garantir que seja transversal a todos os demais) – seguindo as inspirações de mulheres que se dispõem a enfrentar o machismo e todas as formas de opressão – compartilham um livro que sistematiza os estudos realizados por elas e motivam a que outros debates sejam promovidos.

Retomam, além dos conceitos abordados pelas diferentes teóricas com as quais dialogam, análises que fazem cotidianamente como mulheres atravessadas por essas questões.

Cada ação em prol da sustentabilidade da vida é complexa. Entretanto, desfaz-se toda a produção criativa inerente ao processo, por se tratar de uma madresposa, pautada pelo amor que tudo crê (desfaz-se o espaço para o pensamento crítico), tudo espera (sucumbe o desejo de movimentar-se e esperançar), tudo suporta (anula-se a subjetividade) e… jamais acaba (mantém-se um círculo, mesmo que de violências).

Coube, portanto, a nós mesmas, intelectuais e militantes, reivindicarmos este lugar de fala e de produção criativa, tornando nítido que o olhar do patriarca, em suas múltiplas formas de manifestação, é que nos julgou e silenciou.

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