Diários De Jack Kerouac (1947-1954)

Por onde quer que o romancista Jack Kerouac perambulasse em sua vida peripatética, ele costumava levar um caderno espiralado ou um bloco de guarda-freios para o caso de querer anotar um pensamento espontâneo ou compor um haicai.

Não era uma característica incomum para um escritor sério. Na verdade, os repórteres de antigamente nunca saíam de casa sem cigarros e um caderno, e Kerouac não era diferente. Então Allen Ginsberg sabia exatamente o que estava fazendo quando, em 1953, tirou a foto elegíaca que enfeita a capa deste livro. O belo Kerouac em uma escada de incêndios do East Village, olhando por sobre um mar de edifícios de Nova York, remoendo seus pensamentos como Montgomery Clift, sob o céu repleto de prédios residenciais ao anoitecer. Com um livro de normas do trabalho de guarda-freios (Railroad Brakemen Rules Handbook) saindo do bolso de sua ja­queta, essa foto representa o Kerouac icônico; como se ele oferecesse a Ginsberg sua melhor pose estilo Jack London, para a posteridade considerar.
Mas ao contrário dessa fotografia, não há nada posado nesses diários, aqui publicados pela primeira vez. O texto impresso deste volume foi extraído de material escrito por Kerouac em dez cadernos entre junho de 1947 e fevereiro de 1954. Apesar de esses diários serem apresentados aqui como uma entidade única, a edição exigiu pequenas ligações entre um caderno e o seguinte. Os rabiscos, os exageros sem sentido e as anotações irrelevantes de Kerouac não foram incluídos. Mas procurei me manter o mais próximo possí­vel dos diários originais, corrigindo a pontuação e a ortografia apenas quando necessário para dar clareza. Também incluí algumas notas, da maneira mais discreta possível, para contextualizar quando necessário.
Lido como um todo, Diários de Jack Kerouac: 1947-1954 traz provas definitivas do profundo desejo de Kerouac de tornar-se um grande e duradouro ro­mancista americano. Repletas de inocência juvenil e da luta para amadurecer e para fazer sentido em um mundo de pecados, estas páginas revelam um artista sincero tentando descobrir sua própria voz. Poderia ser chamado de “A educação de Jack Kerouac”. Na verdade, Kerouac costumava dizer que “sempre considerei escrever o meu dever na terra”. Estes diários são um testamento a essa convicção sincera.

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Diários De Jack Kerouac (1947-1954)

Por onde quer que o romancista Jack Kerouac perambulasse em sua vida peripatética, ele costumava levar um caderno espiralado ou um bloco de guarda-freios para o caso de querer anotar um pensamento espontâneo ou compor um haicai. Não era uma característica incomum para um escritor sério. Na verdade, os repórteres de antigamente nunca saíam de casa sem cigarros e um caderno, e Kerouac não era diferente. Então Allen Ginsberg sabia exatamente o que estava fazendo quando, em 1953, tirou a foto elegíaca que enfeita a capa deste livro. O belo Kerouac em uma escada de incêndios do East Village, olhando por sobre um mar de edifícios de Nova York, remoendo seus pensamentos como Montgomery Clift, sob o céu repleto de prédios residenciais ao anoitecer. Com um livro de normas do trabalho de guarda-freios (Railroad Brakemen Rules Handbook) saindo do bolso de sua ja­queta, essa foto representa o Kerouac icônico; como se ele oferecesse a Ginsberg sua melhor pose estilo Jack London, para a posteridade considerar.
Mas ao contrário dessa fotografia, não há nada posado nesses diários, aqui publicados pela primeira vez. O texto impresso deste volume foi extraído de material escrito por Kerouac em dez cadernos entre junho de 1947 e fevereiro de 1954. Apesar de esses diários serem apresentados aqui como uma entidade única, a edição exigiu pequenas ligações entre um caderno e o seguinte. Os rabiscos, os exageros sem sentido e as anotações irrelevantes de Kerouac não foram incluídos. Mas procurei me manter o mais próximo possí­vel dos diários originais, corrigindo a pontuação e a ortografia apenas quando necessário para dar clareza. Também incluí algumas notas, da maneira mais discreta possível, para contextualizar quando necessário.
Lido como um todo, Diários de Jack Kerouac: 1947-1954 traz provas definitivas do profundo desejo de Kerouac de tornar-se um grande e duradouro ro­mancista americano. Repletas de inocência juvenil e da luta para amadurecer e para fazer sentido em um mundo de pecados, estas páginas revelam um artista sincero tentando descobrir sua própria voz. Poderia ser chamado de “A educação de Jack Kerouac”. Na verdade, Kerouac costumava dizer que “sempre considerei escrever o meu dever na terra”. Estes diários são um testamento a essa convicção sincera.

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