A Luta De Classes

Domenico Losurdo analisa o presente e o passado da luta de classes e se fixa numa expressão intrigante usada no Manifesto Comunista, de Marx e Engels.

Nesse livro, Domenico Losurdo analisa o presente e o passado da luta de classes e se fixa numa expressão intrigante usada no Manifesto Comunista, de Marx e Engels, ou seja, "lutas de classes". Para o filósofo, esse plural é pleno de significado e consequências, que nem sempre foram percebidos, no desenvolvimento da luta política ao longo da história.

Losurdo entende que o tema de sua obra não se restringe apenas ao conflito entre as classes proprietárias e os trabalhadores. É também "a exploração de uma nação por outra", como denunciou Karl Marx, e a opressão "do sexo feminino pelo masculino", como Friedrich Engels escreveu.

A proclamação do ocaso da teoria marxista por intelectuais e políticos na década de 1950 no Velho Continente, aliás, é criticada pelo autor. Ele afirma que se tratou de um erro duplo, tanto por disfarçar a realidade do capitalismo, sugerindo um nivelamento das diferenças sociais que nunca existiu, como por ignorar as ásperas lutas de classes que se desenvolviam, como a revolução anticolonial no Vietnã, em Cuba e no "Terceiro Mundo" - e também a luta dos negros nos Estados Unidos para pôr fim ao sistema de segregação, discriminação e opressão.

Losurdo defende que, diante das diferentes formas de luta de classes, urge a mudança da divisão do trabalho e das relações de exploração e opressão que existem tanto no espectro global, entre Estados, como no interior de um país e até mesmo na instituição familiar.

Losurdo se aprofunda, demonstrando a complexidade das situações que se apresentaram diante dos fenômenos revolucionários. Nada é simples e linear, fenômenos de sociedades cada vez mais diversificadas ou mesmo fragmentadas se entrelaçam, como nacionalismos, libertação nacional, anseios de conquistas tecnológicas e mesmo messianismo em diversas formas.

O autor concentra boa parte de seu esforço em aprofundar a análise dos acertos, dos erros, das utopias e da dura realidade que enfrentaram e ainda enfrentam as sociedades que puderam trilhar os caminhos da construção do socialismo. Grande é o mérito do pensador italiano ao colocar nesse labirinto de contradições a questão de gênero e da luta das mulheres para superar a alienação e a exploração específica a que foram e são submetidas.

Sua análise, rigorosamente científica, não esconde, entretanto, o militante revolucionário, pleno de confiança em um destino melhor para os povos e oprimidos do planeta.

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Nesse livro, Domenico Losurdo analisa o presente e o passado da luta de classes e se fixa numa expressão intrigante usada no Manifesto Comunista, de Marx e Engels, ou seja, “lutas de classes”. Para o filósofo, esse plural é pleno de significado e consequências, que nem sempre foram percebidos, no desenvolvimento da luta política ao longo da história.

Losurdo entende que o tema de sua obra não se restringe apenas ao conflito entre as classes proprietárias e os trabalhadores. É também “a exploração de uma nação por outra”, como denunciou Karl Marx, e a opressão “do sexo feminino pelo masculino”, como Friedrich Engels escreveu.

A proclamação do ocaso da teoria marxista por intelectuais e políticos na década de 1950 no Velho Continente, aliás, é criticada pelo autor. Ele afirma que se tratou de um erro duplo, tanto por disfarçar a realidade do capitalismo, sugerindo um nivelamento das diferenças sociais que nunca existiu, como por ignorar as ásperas lutas de classes que se desenvolviam, como a revolução anticolonial no Vietnã, em Cuba e no “Terceiro Mundo” – e também a luta dos negros nos Estados Unidos para pôr fim ao sistema de segregação, discriminação e opressão.

Losurdo defende que, diante das diferentes formas de luta de classes, urge a mudança da divisão do trabalho e das relações de exploração e opressão que existem tanto no espectro global, entre Estados, como no interior de um país e até mesmo na instituição familiar.

Losurdo se aprofunda, demonstrando a complexidade das situações que se apresentaram diante dos fenômenos revolucionários. Nada é simples e linear, fenômenos de sociedades cada vez mais diversificadas ou mesmo fragmentadas se entrelaçam, como nacionalismos, libertação nacional, anseios de conquistas tecnológicas e mesmo messianismo em diversas formas.

O autor concentra boa parte de seu esforço em aprofundar a análise dos acertos, dos erros, das utopias e da dura realidade que enfrentaram e ainda enfrentam as sociedades que puderam trilhar os caminhos da construção do socialismo. Grande é o mérito do pensador italiano ao colocar nesse labirinto de contradições a questão de gênero e da luta das mulheres para superar a alienação e a exploração específica a que foram e são submetidas.

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