Apresentar o livro Sociedade E Cultura Sustentável: Práticas De Ensino, Pesquisa E Extensão, como uma publicação que reúne trabalhos de pesquisadores e estudantes do IFPB Campus Monteiro e seus colaboradores, sugere narrar igualmente as vivências do grupo de pesquisa Sociedade e Cultura Sustentável, situando seus objetivos, objetos, métodos e estratégias.
Essas vivências começaram a germinar no ano de 2011, a partir das ações de iniciação à pesquisa e à extensão que visavam a desenvolver o espírito crítico e o protagonismo da comunidade escolar, através da investigação empírica de temas históricos, socioeconômicos, culturais e ambientais próprios do município de Monteiro.
Nessa época, a problemática da integração da bacia do São Francisco ao município de Monteiro fomentou novas ações de pesquisa e extensão com a criação do programa Transposição Sustentável, cuja temática envolvia a produção cultural, o empreendedorismo, o cooperativismo e a transferência de técnicas e tecnologias sociais, sobretudo aquelas direcionadas à promoção do meio ambiente e da cidadania.
Essas ações pluricurriculares se pautavam na formação técnica, tecnológica, científica e cidadã de jovens e adultos de toda a comunidade. Nesse sentido, tentava-se praticar o ensino, a pesquisa e a extensão de forma indissociável e transdisciplinar.
Dessa forma, essas atividades ganharam uma sistemática a partir de 2012 com a criação do primeiro Grupo de Pesquisa do Campus Monteiro, “Sociedade e cultura sustentável” (IFPB/CNPq), que buscou estabelecer um espaço aberto, dinâmico e dialógico de produção e de divulgação do conhecimento e da educação científica e tecnológica na cidade de Monteiro e em cidades adjacentes.
Nesse sentido, o grupo buscou, nestes três últimos anos, organizar um conjunto de atividades dispersas no Campus Monteiro através da prática sistemática da pesquisa científica, da participação em eventos, das publicações em livros e periódicos.
Pensa-se, pois, que a base desses processos educativos está assentada no protagonismo estudantil e comunitário e no diálogo com os movimentos sociais e sindicais, tendo em vista uma escola mais democrática e popular e o fortalecimento das práticas produtivas, sociais e culturais locais.