O Clube Do Filme

Eram tempos difíceis para David Gilmour: sem trabalho fixo, com o dinheiro contado e o filho de 15 anos colecionando reprovações em todas as matérias do ensino médio.
O autor, diante da falência, da desorientação e da infelicidade do filho-problema, faz uma oferta fora dos padrões: o garoto poderia sair da escola – e ficar sem trabalhar e sem pagar aluguel – desde que assistisse semanalmente a três filmes escolhidos por ele, o pai.


A aposta diferente resultou no Clube do Filme. Semana a semana, pai e filho viam e discutiam o melhor (e, ocasionalmente, o pior) do cinema: de A Doce Vida (o clássico de Federico Fellini) a Instinto Selvagem (o thriller sensual estrelado por Sharon Stone); de Os Reis do Iê, Iê, Iê (hit cinematográfico da Beatlemania) a O Iluminado (interpretação primorosa da Jack Nicholson, dirigido por Stanley Kubrick); de O Poderoso Chefão (um dos integrantes das listas de "melhores filmes de todos os tempos") a Amores Expressos (cult romântico e contemporâneo do coreano Wong KarWay).
David Gilmour, crítico de cinema e escritor premiado, oferece uma percepção singular sobre filmes, roteiros, diretores e atores inesquecíveis ao relatar essa vivência com olho clínico e muita sinceridade. E emociona ao mostrar aos leitores a descoberta da vida adulta pelos olhos de um jovem e os dilemas da adolescência administrados por um pai muito presente.

Outro dia, eu estava parado num sinal vermelho quando vi meu filho saindo do cinema. Ele estava com sua nova namorada. Ela segurava a manga do casaco dele com a ponta dos dedos e sussurrava algo em seu ouvido.
Não cheguei a descobrir que filme eles tinham acabado de ver — os letreiros estavam cobertos por uma árvore em plena floração —, mas naquele momento me peguei recordando, com uma nostalgia quase dolorosa, os três anos que ele e eu passamos, só nós dois, assistindo a filmes e conversando na varanda de casa, um período mágico que um pai não costuma experimentar quando tem um filho adolescente.
Agora, já não o vejo tanto quanto antes (e é assim que deve ser), mas aquele foi um período maravilhoso. Uma pausa feliz, para nós dois.

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Outro dia, eu estava parado num sinal vermelho quando vi meu filho saindo do cinema. Ele estava com sua nova namorada. Ela segurava a manga do casaco dele com a ponta dos dedos e sussurrava algo em seu ouvido.
Não cheguei a descobrir que filme eles tinham acabado de ver — os letreiros estavam cobertos por uma árvore em plena floração —, mas naquele momento me peguei recordando, com uma nostalgia quase dolorosa, os três anos que ele e eu passamos, só nós dois, assistindo a filmes e conversando na varanda de casa, um período mágico que um pai não costuma experimentar quando tem um filho adolescente.
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