Diálogos Entre Ciência E Divulgação Científica

O conjunto de fatores, eventos e ações do homem nos processos sociais voltados para a produção, a difusão, o ensino e a divulgação do conhecimento científico constitui as condições para o desenvolvimento de um tipo particular de cultura, de ampla generalidade no mundo contemporâneo, a que se pode chamar de cultura científica.


Procurar caracterizar um espaço ibero-americano do conhecimento constitui também um esforço teórico-metodológico que permita ao mesmo tempo organizá-lo e representá-lo de forma a, nessa representação, poder ver, entre outras coisas, a dinâmica dos processos de produção, de difusão e de divulgação do conhecimento, vale dizer, a dinâmica da cultura científica própria desse espaço.
A representação da dinâmica desse espaço do conhecimento expresso como uma cultura científica específica pode ser feita na forma de uma espiral que, acompanhando o desenvolvimento da ciência através das instituições voltadas para a sua prática e produção, contribua para visualizar e entender o que há de comum e, dessa forma, definir o que aqui se chama espaço ibero-americano do conhecimento.
Nesse sentido, a espiral da cultura científica como proponho chamá-la (VOGT, 2003), é uma metáfora que pretende, de forma indicativa, relacionar fatos e acontecimentos institucionais coincidentes no tempo e que, dispostos no movimento espiralado da figura, vão marcando pontos e desenhando traços que servirão para o delineamento do espaço cultural que abriga conceitualmente a dinâmica do conhecimento.
A representação gráfica de fatos relacionados às atividades de pesquisa científica e tecnológica sobre uma espiral é um exercício de síntese. Se observados a partir do período pós-Segunda Grande Guerra Mundial, quando passaram a revelar maior intensidade e organização da produção brasileira e ibero-americana na área, esses fatos provocam reflexões interessantes sobre a constituição do sistema de Ciência e Tecnologia.
Na verdade, foi o caminho inverso que levou à formulação do conceito da espiral como forma de entender a aquisição da Cultura Científica com origem na produção e difusão de ciência entre cientistas. Nessa imagem metafórica, o conhecimento chega a estudantes de todos os níveis por seus professores e pelos próprios pesquisadores, continua a ser difundido no ensino para a ciência – já envolvendo centros e museus de ciência, que atingem públicos mais amplos e heterogêneos -, para, finalmente, fortalecer a especialização em divulgação científica, praticada por jornalistas e cientistas.

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Procurar caracterizar um espaço ibero-americano do conhecimento constitui também um esforço teórico-metodológico que permita ao mesmo tempo organizá-lo e representá-lo de forma a, nessa representação, poder ver, entre outras coisas, a dinâmica dos processos de produção, de difusão e de divulgação do conhecimento, vale dizer, a dinâmica da cultura científica própria desse espaço.
A representação da dinâmica desse espaço do conhecimento expresso como uma cultura científica específica pode ser feita na forma de uma espiral que, acompanhando o desenvolvimento da ciência através das instituições voltadas para a sua prática e produção, contribua para visualizar e entender o que há de comum e, dessa forma, definir o que aqui se chama espaço ibero-americano do conhecimento.
Nesse sentido, a espiral da cultura científica como proponho chamá-la (VOGT, 2003), é uma metáfora que pretende, de forma indicativa, relacionar fatos e acontecimentos institucionais coincidentes no tempo e que, dispostos no movimento espiralado da figura, vão marcando pontos e desenhando traços que servirão para o delineamento do espaço cultural que abriga conceitualmente a dinâmica do conhecimento.
A representação gráfica de fatos relacionados às atividades de pesquisa científica e tecnológica sobre uma espiral é um exercício de síntese. Se observados a partir do período pós-Segunda Grande Guerra Mundial, quando passaram a revelar maior intensidade e organização da produção brasileira e ibero-americana na área, esses fatos provocam reflexões interessantes sobre a constituição do sistema de Ciência e Tecnologia.
Na verdade, foi o caminho inverso que levou à formulação do conceito da espiral como forma de entender a aquisição da Cultura Científica com origem na produção e difusão de ciência entre cientistas. Nessa imagem metafórica, o conhecimento chega a estudantes de todos os níveis por seus professores e pelos próprios pesquisadores, continua a ser difundido no ensino para a ciência – já envolvendo centros e museus de ciência, que atingem públicos mais amplos e heterogêneos -, para, finalmente, fortalecer a especialização em divulgação científica, praticada por jornalistas e cientistas.

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