O cinema lusófono não tem uma característica que o defina, mas várias, porque cada filme realizado nos países de língua portuguesa carregam identidades próprias de seus países singularmente, assim como seus traços históricos, culturais e sociais, além dos filmes autorais que revelam a personalidade ou traço marcante do realizador em cada obra.

Alguns pontos em comum nos unem, um deles é que a qualidade demonstrada nos filmes lusófonos não depende de orçamentos extraordinários, mas acima de tudo da criatividade, das imagens poéticas emblemáticas de cada região, de roteiros ficcionais ou documentais que revelam os traços de cada país colonizado por Portugal.

Podemos falar que os filmes lusófonos são muitos e todos únicos. Dentro da nossa pluralidade se têm a singularidade de cada obra, autor e cultura.

Os filmes realizados em nos países e regiões da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa): Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Goa, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste e, eventualmente, a Guiné Equatorial são filmes que em comum tem o idioma português e a descendência da colonização lusitana.

O cinema lusófono tem muitas características próprias, em cada lugar ele se revela de uma forma, em Angola, por exemplo, é comum a atração pelo exótico das paisagens, povos, costumes e culturas, bem como o registro do crescimento e desenvolvimento do império colonial português em África. É um cinema que retratou as várias guerras e crises sociais no país, assim como o registro de um país novo construído pela mobilização do povo no sistema socialista, assim como alguns filmes tem posicionamentos a favor e contra o regime.

Nesta obra não conseguimos falar do cinema de todos os países, mas este é um livro de muitos que ainda virão sobre o Cinema Lusófono, cada autor teve a liberdade para escolher um tema que discutisse uma obra realizada em um país de língua portuguesa ou falar sobre a identidade do cinema lusófono como um todo.