
Um presente do nosso poeta maior para os namorados – de todos os gêneros e todas as idades. Porque é sempre tempo de amar.
Com o subtítulo “Canção de namorados”, esta reunião de poemas amorosos, românticos e deliciosamente apaixonados de Carlos Drummond de Andrade mostra a faceta mais lírica do grande poeta mineiro.
Textos já clássicos ou que merecem uma nova leitura, como “Amar”, “Lembrete”, “Ausência”, “Toada do amor”, “Declaração de amor” e “O chão é cama”, foram criteriosamente selecionados por Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond, netos do poeta e grandes conhecedores de sua obra. O resultado é uma celebração de beijos, abraços e carinhos – uma festa para o amor, enfim.
Dai-me; Senhor; assistência técnica
para eu falar aos namorados do Brasil.
Será que namorado escuta alguém?
Adianta falar a namorados?
E será que tenho coisas a dizer-lhe
que eles não saibam, eles que transformam
a sabedoria universal em divino esquecimento?
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro – MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por “insubordinação mental”.
De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.
Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas.
Estreou em 1930, com Alguma poesia, e nos cinquenta anos seguintes publicou obras como Sentimento do mundo, A rosa do povo, Claro enigma e outros.
Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962.
Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.
Morreu no Rio de Janeiro em 1987, aos 84 anos.











