Estudos Do Agendamento

O livro Estudos do Agendamento identifica possíveis vias de problematização, e, finalmente, de pontuar temáticas novas e emergentes da sua aplicação.

A desinformação é uma ameaça para as democracias e para as diversas dimensões da vida social. Esta ameaça é particularmente relevante em tempos de crise, como é o caso da atual pandemia da COVID-19, facto que fez com que o público voltasse a priorizar o jornalismo como meio para aceder à informação.

Com efeito, e em consequência, sobre o jornalismo têm vindo a recair as expectativas de ser o antídoto para a pandemia de desinformação. Reconhecido (ou relembrado…) o poder da informação, as circunstâncias extraordinárias que envolvem a presente infodemia reivindicaram um gigantesco “teste de confiança” dos indivíduos em relação aos media.

Segundo os Repórteres Sem Fronteiras, as notícias falsas infetaram como o coronavírus os media sociais menos transparentes. Entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, sete por cento de dois milhões de pessoas que estavam a postar no Twitter divulgaram teorias da conspiração sobre o coronavírus e setenta e quatro por cento dos utilizadores mostraram-se preocupados com desinformação nas redes sociais.

Estes valores ocorrem num contexto em que um número maioritário de portugueses utiliza meios online para aceder a notícias , um espaço bastante permeável à desinformação.

A influência das mensagens e das agendas mediáticas sobre o público é um dos temas que atravessou a história das Ciências da Comunicação até aos nossos dias, desde as abordagens mais pavlovianas aos modelos mais elaborados e complexos das versões atuais dos estudos sobre o agendamento.

Ao assinalar, com a presente edição, meio século de estudos de agendamento, pretende-se sublinhar a persistência e a atualidade de uma das teorias mais marcantes da história das ciências da comunicação, que tem procurado analisar a importância dos media e do jornalismo no processo complexo de formação da opinião pública.

Como salienta McCombs, no capítulo original que apresenta nesta obra, os livros sobre o agenda-setting serão sempre uma versão suavizada da teoria, não conseguindo revelar na sua totalidade a força do seu método científico.

Essa constatação aplica-se certamente à presente edição, que, no entanto, não se exime ao desafio de proceder a um mapeamento dos seus estudos, de proceder a uma análise crítica do caminho percorrido, identificando possíveis vias de problematização, e, finalmente, de pontuar temáticas novas e emergentes da sua aplicação. É esta formulação que organiza a apresentação dos textos pelos eixos temáticos que a estruturam: Teoria, Desenvolvimentos e Desafios.

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O livro Estudos do Agendamento identifica possíveis vias de problematização, e, finalmente, de pontuar temáticas novas e emergentes da sua aplicação.

A desinformação é uma ameaça para as democracias e para as diversas dimensões da vida social. Esta ameaça é particularmente relevante em tempos de crise, como é o caso da atual pandemia da COVID-19, facto que fez com que o público voltasse a priorizar o jornalismo como meio para aceder à informação.

Com efeito, e em consequência, sobre o jornalismo têm vindo a recair as expectativas de ser o antídoto para a pandemia de desinformação. Reconhecido (ou relembrado…) o poder da informação, as circunstâncias extraordinárias que envolvem a presente infodemia reivindicaram um gigantesco “teste de confiança” dos indivíduos em relação aos media.

Segundo os Repórteres Sem Fronteiras, as notícias falsas infetaram como o coronavírus os media sociais menos transparentes. Entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, sete por cento de dois milhões de pessoas que estavam a postar no Twitter divulgaram teorias da conspiração sobre o coronavírus e setenta e quatro por cento dos utilizadores mostraram-se preocupados com desinformação nas redes sociais.

Estes valores ocorrem num contexto em que um número maioritário de portugueses utiliza meios online para aceder a notícias , um espaço bastante permeável à desinformação.

A influência das mensagens e das agendas mediáticas sobre o público é um dos temas que atravessou a história das Ciências da Comunicação até aos nossos dias, desde as abordagens mais pavlovianas aos modelos mais elaborados e complexos das versões atuais dos estudos sobre o agendamento.

Ao assinalar, com a presente edição, meio século de estudos de agendamento, pretende-se sublinhar a persistência e a atualidade de uma das teorias mais marcantes da história das ciências da comunicação, que tem procurado analisar a importância dos media e do jornalismo no processo complexo de formação da opinião pública.

Como salienta McCombs, no capítulo original que apresenta nesta obra, os livros sobre o agenda-setting serão sempre uma versão suavizada da teoria, não conseguindo revelar na sua totalidade a força do seu método científico.

Essa constatação aplica-se certamente à presente edição, que, no entanto, não se exime ao desafio de proceder a um mapeamento dos seus estudos, de proceder a uma análise crítica do caminho percorrido, identificando possíveis vias de problematização, e, finalmente, de pontuar temáticas novas e emergentes da sua aplicação. É esta formulação que organiza a apresentação dos textos pelos eixos temáticos que a estruturam: Teoria, Desenvolvimentos e Desafios.

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