Carlos Octavio Bunge E José Ingenieros

O período compreendido entre o final do século XIX e o início do XX foi emblemático para os países latino-americanos no que diz respeito à afirmação de suas nacionalidades.

Na Argentina, o desenvolvimento econômico e o grande contingente imigratório transformaram a questão nacional no tema central das discussões políticas e intelectuais da época.
Nossa proposta de trabalho consiste em analisar quais foram os mecanismos utilizados pela elite argentina a fim de que se forjasse uma identidade nacional no período compreendido entre 1880 e 1920. Para tanto, basear-nos-emos na produção intelectual de Carlos Octavio Bunge (1875-1918) e José Ingenieros (1877-1925) e no papel político desempenhado pelos mesmos, uma vez que ambos tiveram atuações junto ao governo e à sociedade de seu tempo.
Nas obras produzidas por eles, buscaremos compreender o significado de nação expresso pelos intelectuais argentinos do início do século XX e analisaremos como, na visão desses autores, seria possível construir uma nacionalidade num país tão heterogêneo, tomado pela imigração europeia, tendo em vista que a partir desse período definiram-se os traços da representação da nação argentina que terminaria por se impor.
As fontes escolhidas representam o pensamento social argentino e são compostas de livros e artigos publicados por Carlos Bunge e José Ingenieros em três importantes revistas do período: a Revista de Derecho, Historia y Letras (1898-1923), a Revista de Filosofia, Cultura, Ciencias y Educación (1915-1929) e El monitor de la Educación Común (1881-1965), subordinada ao Conselho Nacional de Educação.
A maior parte dos livros e dos textos que compõem as revistas escolhidos para esta pesquisa foi publicada por Bunge e Ingenieros no final do século XIX e nos primeiros anos do século XX e, por isso, está repleta de conceitos baseados no cientificismo a fim de explicar a situação política e econômica da Argentina de seu tempo.
Para discutir os problemas que permeavam a sociedade argentina do final do século XIX e início do XX, Bunge e Ingenieros utilizaram elementos sociológicos, antropológicos, étnicos, biológicos e também históricos, o que nos permite afirmar que, apesar de não se constituírem em obras historiográficas, as fontes analisadas possuem historicidade. Essa historicidade pode ser representada a partir da tomada de consciência por parte da elite política e intelectual, fazendo com que esse ramo da sociedade passasse a pensar nos problemas da sociedade argentina e nas ações que deveria realizar para que se concretizasse a construção da identidade nacional.

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