A Abolição Do Homem

"Se alguém me perguntasse qual livro, com exceção da Bíblia, deveria ser lido por todo o mundo, eu diria sem hesitar: 'A Abolição do Homem'. É a defesa mais sensata da Lei Natural (Moralidade) que já vi ou acredito existir. Se algum livro é capaz de nos salvar dos excessos futuros da insensatez e do mal, é este livro." Walter Hooper


Não sei se damos a devida atenção à importância dos livros didáticos do ensino básico. É por essa razão que escolhi como ponto de partida destas lições um pequeno livro de inglês destinado a "meninos e meninas das últimas séries". Não creio que os autores desse livro (são dois) tivessem más intenções, e eu lhes devo, a eles ou ao seu editor, uma palavra de agradecimento por terem me enviado um exemplar de cortesia. Ao mesmo tempo, nada tenho de bom a dizer sobre eles. Temos aqui uma situação bem difícil. Não quero ridicularizar dois modestos professores escolares que estavam dando o melhor de si, mas não posso me calar diante daquilo que julgo ser a verdadeira tendência da obra.
Proponho-me, portanto, a ocultar seus nomes. Vou me referir a esses dois senhores como Gaius e Titius, e a seu livro como O livro verde. Mas asseguro que esse livro existe e que o tenho em minhas estantes.
No segundo capítulo, Gaius e Titius citam a conhecida história de Coleridge na cachoeira. Havia, vocês devem se lembrar, dois turistas presentes: um a chamou de "Sublime", e o outro, de "bonita"; e Coleridge mentalmente concordou com a opinião do primeiro e rejeitou com horror a do segundo. Gaius e Titius fazem a seguinte observação: "Quando o homem disse Isto é sublime, ele parecia fazer um comentário sobre a cachoeira... Na verdade... ele não estava falando da cachoeira, mas dos seus próprios sentimentos. O que ele realmente disse foi Eu tenho sentimentos que minha mente associa à palavra 'Sublime', ou, resumidamente, Eu tenho sentimentos sublimes." Levanta-se aqui uma série de questões profundas de maneira bastante apressada. Mas os autores ainda não terminaram. Eles acrescentam: "Essa confusão está sempre presente na nossa linguagem.
Aparentamos dizer algo muito importante sobre alguma coisa, e na verdade estamos apenas dizendo algo sobre nossos próprios sentimentos."

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“Se alguém me perguntasse qual livro, com exceção da Bíblia, deveria ser lido por todo o mundo, eu diria sem hesitar: ‘A Abolição do Homem’. É a defesa mais sensata da Lei Natural (Moralidade) que já vi ou acredito existir. Se algum livro é capaz de nos salvar dos excessos futuros da insensatez e do mal, é este livro.” Walter Hooper
Não sei se damos a devida atenção à importância dos livros didáticos do ensino básico. É por essa razão que escolhi como ponto de partida destas lições um pequeno livro de inglês destinado a “meninos e meninas das últimas séries”. Não creio que os autores desse livro (são dois) tivessem más intenções, e eu lhes devo, a eles ou ao seu editor, uma palavra de agradecimento por terem me enviado um exemplar de cortesia. Ao mesmo tempo, nada tenho de bom a dizer sobre eles. Temos aqui uma situação bem difícil. Não quero ridicularizar dois modestos professores escolares que estavam dando o melhor de si, mas não posso me calar diante daquilo que julgo ser a verdadeira tendência da obra.
Proponho-me, portanto, a ocultar seus nomes. Vou me referir a esses dois senhores como Gaius e Titius, e a seu livro como O livro verde. Mas asseguro que esse livro existe e que o tenho em minhas estantes.
No segundo capítulo, Gaius e Titius citam a conhecida história de Coleridge na cachoeira. Havia, vocês devem se lembrar, dois turistas presentes: um a chamou de “Sublime”, e o outro, de “bonita”; e Coleridge mentalmente concordou com a opinião do primeiro e rejeitou com horror a do segundo. Gaius e Titius fazem a seguinte observação: “Quando o homem disse Isto é sublime, ele parecia fazer um comentário sobre a cachoeira… Na verdade… ele não estava falando da cachoeira, mas dos seus próprios sentimentos. O que ele realmente disse foi Eu tenho sentimentos que minha mente associa à palavra ‘Sublime’, ou, resumidamente, Eu tenho sentimentos sublimes.” Levanta-se aqui uma série de questões profundas de maneira bastante apressada. Mas os autores ainda não terminaram. Eles acrescentam: “Essa confusão está sempre presente na nossa linguagem.
Aparentamos dizer algo muito importante sobre alguma coisa, e na verdade estamos apenas dizendo algo sobre nossos próprios sentimentos.”

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