Contos Italianos

Esta coletânea de Contos Italianos é uma deliciosa seleção elaborada e traduzida por dois bastiões das letras do Brasil: Aurélio Buarque de Holanda e Paulo Rónai. Composto por 18 contos, abrange desde o período medieval até os dias atuais onde figuram nomes bastantes conhecidos pelo grande público, tais como Bocaccio, Maquiavel, Verga e Pirandello.
Da fase medieval, os contos são basicamente fábulas italianas e são as melhores histórias do livro. Já da fase moderna traz contos perturbadores assim como o conto sobre um colecionador compulsivo, ou um sujeito que tortura ratos de bibliotecas (literalmente) e ainda, sobre um sujeito que recebe uma bomba atômica em casa.
Todas essas obras dão um gostinho da cultura italiana e serve de referência para uma imersão maior na literatura desse país fabuloso.


A variante moderna do conto surgiu na Itália medieval paralelamente à afirmação do vernáculo como língua literária. A primeira coleção, compilada no século XIII por um escritor florentino de nome desconhecido sob o título de Novellino o Le Cento Novelle Antiche, contém muitas histórias conhecidas enxertadas em obras antigas e medievais: aqui elas reaparecem transportadas para o ambiente local, refletindo costumes da época, escritas num italiano incipiente e desadornado. Note-se que a palavra novela indicava narrativas curtas, muitas das quais não passavam de anedotas, antes esboços de contos do que contos propriamente ditos.
O gênero obteria sua forma definitiva nas mãos de Boccacio, que lhe o realismo, dando-lhe estrutura literária, variedade picante e não raro, conteúdo filosófico. A fórmula boccaciana dominaria o gênero por séculos, nas obras dos discípulos italianos do mestre, tais como Bandello, Firenzuola e Sacchetti, e também nas de muitos autores de outros países da Europa.
Esgotado o veio, haveria um período de estagnação até o fim do século XIX, quando se observa uma como que renascença nos contos regionalistas de Verga, Deledda e outros; e, graças ao gênio de Pirandello, surge um novo tipo, o da narrativa ao mesmo tempo regionalista e metafisica. Assinale-se a existência, lateralmente, de uma corrente humorística filosofante, representada por Fogazzaro e Panzini, assim como, mais tarde, da tendência futurista e absurda nas obras de Botempelli e Buzzati. Outros autores, mais recentes, refletem menos uma inspiração local do que as tendências gerais da literatura européia.

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A variante moderna do conto surgiu na Itália medieval paralelamente à afirmação do vernáculo como língua literária. A primeira coleção, compilada no século XIII por um escritor florentino de nome desconhecido sob o título de Novellino o Le Cento Novelle Antiche, contém muitas histórias conhecidas enxertadas em obras antigas e medievais: aqui elas reaparecem transportadas para o ambiente local, refletindo costumes da época, escritas num italiano incipiente e desadornado. Note-se que a palavra novela indicava narrativas curtas, muitas das quais não passavam de anedotas, antes esboços de contos do que contos propriamente ditos.
O gênero obteria sua forma definitiva nas mãos de Boccacio, que lhe o realismo, dando-lhe estrutura literária, variedade picante e não raro, conteúdo filosófico. A fórmula boccaciana dominaria o gênero por séculos, nas obras dos discípulos italianos do mestre, tais como Bandello, Firenzuola e Sacchetti, e também nas de muitos autores de outros países da Europa.
Esgotado o veio, haveria um período de estagnação até o fim do século XIX, quando se observa uma como que renascença nos contos regionalistas de Verga, Deledda e outros; e, graças ao gênio de Pirandello, surge um novo tipo, o da narrativa ao mesmo tempo regionalista e metafisica. Assinale-se a existência, lateralmente, de uma corrente humorística filosofante, representada por Fogazzaro e Panzini, assim como, mais tarde, da tendência futurista e absurda nas obras de Botempelli e Buzzati. Outros autores, mais recentes, refletem menos uma inspiração local do que as tendências gerais da literatura européia.

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