Políticas De Ação Afirmativa No Ensino Superior Para Indígenas No Mato Grosso Do Sul

Para muitas pessoas, entrar na universidade, especialmente se pública, é um dos primeiro sonhos e desafios que se tem na vida, pois este ingresso projeta melhores possibilidades de um futuro ser vivido com mais dignidade.

Também para os povos indígenas no Brasil, nos últimos anos, a universidade tem-se tornado um espaço de forte apelo simbólico, como apropriação de importante ferramenta do “mundo do branco”, como dizem, e com a qual eles poderiam melhor se relacionar com a dinâmica realidade da economia de mercado e com os desafios de sobreviver em contextos muito diferentes dos que viveram seus antepassados.
No presente texto, a proposta é narrar as experiências de implantação de políticas afirmativas para indígenas no ensino superior no Estado de Mato Grosso do Sul, a partir da segunda metade da década passada, com o início do Programa Rede de Saberes, mais precisamente, no final de 2005, inicialmente entre duas universidades: Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) – comunitária- particular; e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) – pública-estadual. Logo depois, juntaram-se outras duas públicas: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
A demanda para o ensino superior tem-se caracterizado como novo elemento na luta por autonomia e construção de políticas de sustentabilidade dos povos indígenas, em geral, e de Mato Grosso do Sul, em particular. Chegar à universidade significa apropriar-se de ferramentas que permitam aos índios protagonizar a reescrita de suas histórias, de outra história até então não alcançada pelos cânones escolares e acadêmicos, bem como inverter o ponto de partida para a busca de alternativas de solução para os problemas e conflitos atuais, entre eles, a questão da terra.
Além das particularidades históricas e culturais que se abateram sobre os povos indígenas em Mato Grosso do Sul (tema que será detalhado mais adiante), a efetivação do Programa Rede de Saberes começa a dar seus primeiros passos em um contexto profundamente desfavorável aos povos indígenas dessa região do país, marcada por histórico processo de expropriação de seus territórios tradicionais e pela atual situação de confinamento em exíguos espaços e de dependência de políticas públicas.

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Para muitas pessoas, entrar na universidade, especialmente se pública, é um dos primeiro sonhos e desafios que se tem na vida, pois este ingresso projeta melhores possibilidades de um futuro ser vivido com mais dignidade. Também para os povos indígenas no Brasil, nos últimos anos, a universidade tem-se tornado um espaço de forte apelo simbólico, como apropriação de importante ferramenta do “mundo do branco”, como dizem, e com a qual eles poderiam melhor se relacionar com a dinâmica realidade da economia de mercado e com os desafios de sobreviver em contextos muito diferentes dos que viveram seus antepassados.
No presente texto, a proposta é narrar as experiências de implantação de políticas afirmativas para indígenas no ensino superior no Estado de Mato Grosso do Sul, a partir da segunda metade da década passada, com o início do Programa Rede de Saberes, mais precisamente, no final de 2005, inicialmente entre duas universidades: Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) – comunitária- particular; e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) – pública-estadual. Logo depois, juntaram-se outras duas públicas: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
A demanda para o ensino superior tem-se caracterizado como novo elemento na luta por autonomia e construção de políticas de sustentabilidade dos povos indígenas, em geral, e de Mato Grosso do Sul, em particular. Chegar à universidade significa apropriar-se de ferramentas que permitam aos índios protagonizar a reescrita de suas histórias, de outra história até então não alcançada pelos cânones escolares e acadêmicos, bem como inverter o ponto de partida para a busca de alternativas de solução para os problemas e conflitos atuais, entre eles, a questão da terra.
Além das particularidades históricas e culturais que se abateram sobre os povos indígenas em Mato Grosso do Sul (tema que será detalhado mais adiante), a efetivação do Programa Rede de Saberes começa a dar seus primeiros passos em um contexto profundamente desfavorável aos povos indígenas dessa região do país, marcada por histórico processo de expropriação de seus territórios tradicionais e pela atual situação de confinamento em exíguos espaços e de dependência de políticas públicas.

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